Introdução: A Doença de Alzheimer (DA) é um distúrbio neurodegenerativo, de progressão lenta que se dá por perda de memória intensa, interferência na execução social e ocupacional do paciente e também a impossibilidade de executar tarefas. Estima-se que cerca de mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo tenha a doença. Os principais fármacos são aqueles que favorecem para o aumento da disponibilidade sináptica de acetilcolina, através da inibição das enzimas acetilcolinesterase. Em buscas de terapêuticas complementares à terapia habitual, que amenizem os sintomas da doença ou que retarde seu progresso, temos a fitoterapia, uma prática milenar que utiliza plantas medicinais e partes delas. (MS) Ministério da Saúde. (2005) Objetivos: Revisar a importância de diferentes espécies de plantas que apresentam estudos referentes a DA, seus benefícios e o reconhecimento como tratamento complementar ao tratamento e diminuição da progressão da DA. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases de dados Medline, Scielo e PubMED, os descritores de buscas: Plantas medicinais, Alzheimer/Alzheimer, tratamento Alzheimer, fitoterápico. Publicados nos últimos 5 anos. Foram utilizados 5 artigos sobre o tema. Diante dos artigos selecionados, optou-se por excluir aqueles que não contemplavam o tema especifico, e os que não se enquadravam no propósito da revisão, que foi analisar a relevância das ações da fitoterapia no tratamento da doença de Alzheimer. Resultados: A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente idosos, e sua prevalência está aumentando em todo o mundo. Bernardo LD. (2018). Até o momento, não há cura para a DA, e os tratamentos disponíveis têm apenas um efeito limitado no controle da progressão da doença. Além disso, muitos desses tratamentos possuem efeitos colaterais indesejáveis. Como resultado, a busca por tratamentos alternativos para a DA tem sido intensificada nos últimos anos. Forlenza OV.(2005).Os fitoterápicos têm sido considerados uma alternativa promissora para o tratamento da DA, devido à sua eficácia e baixa toxicidade. Várias plantas medicinais têm sido utilizadas na medicina tradicional para tratar distúrbios cognitivos, incluindo a DA, e muitos desses fitoterápicos têm sido estudados para verificar sua eficácia no tratamento da doença. Um estudo de revisão sistemática avaliou o uso de fitoterápicos no tratamento da DA. Os autores identificaram 32 estudos que avaliaram o uso de fitoterápicos no tratamento da DA, sendo que 18 estudos relataram uma melhora significativa nos sintomas da doença. Os fitoterápicos mais comuns estudados foram a Ginkgo biloba, a Curcuma longa (açafrão), a Bacopa monnieri, a Salvia officinalis (sálvia) e a Melissa officinalis (melissa). A Ginkgo biloba tem sido relatada como a planta medicinal mais estudada no tratamento da DA, e vários estudos relataram seus efeitos positivos na melhora da memória, da atenção e do humor em pacientes com DA. A Curcuma longa também tem sido amplamente estudada, e seus compostos ativos, curcuminoides, têm mostrado efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios, além de melhorar a função cognitiva em pacientes com DA. Embora os resultados desses estudos sejam promissores, é importante ressaltar que ainda há uma falta de padronização na dosagem e preparação desses fitoterápicos, bem como a falta de estudos de longo prazo para avaliar sua segurança e eficácia a longo prazo. Além disso, é necessário investigar mais a fundo o mecanismo de ação desses fitoterápicos no tratamento da DA. Conclusão/Considerações finais: Em conclusão, o uso de fitoterápicos pode ser considerado uma opção alternativa e promissora para o tratamento da DA, especialmente devido à baixa toxicidade dessas plantas medicinais. No entanto, é necessária uma padronização adequada na dosagem e preparação desses fitoterápicos, além de estudos de longo prazo para avaliar sua segurança e eficácia.
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