GASTROPLASTIA E MANEJO DO DIABETES MELLITUS: UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Autor
  • LÍVIA MARTA GURJÃO MOURA
  • Co-autores
  • LUARA AUGUSTA XIMENES MARINHO , THAIS MARIA DE MORAIS QUEIROZ , LÍVIA SOUSA DOURADO , DÉBORA LANDIM MARQUES , ROBERTA FREITAS CELEDONIO
  • Resumo
  • Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica grave e um grande desafio para os sistemas de saúde em todo o mundo. Ele ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina ou quando o corpo não consegue usar efetivamente a insulina que produz. A obesidade, por sua vez, é uma doença igualmente grave, de difícil tratamento e considerada um fator relevante para o surgimento do DM tipo 2. Consequentemente, faz-se necessário o uso de diversas estratégias terapêuticas, conservadoras ou não, como opções de tratamento de ambos os distúrbios metabólicos. Objetivos: Investigar na literatura se a gastrectomia vertical (LSG) e o bypass gástrico em Y de Roux (LRYGB) são opções para o manejo do diabetes mellitus. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, realizada a partir de buscas desenvolvidas nas bases de dados PubMed e Google Acadêmico, no mês de abril de 2023, utilizando os descritores em ciências da saúde (DECS): Diabetes Mellitus; Gastroplasty; BariatricSurgery; PostoperativePeriod. Para a seleção dos estudos utilizou-se como critérios de inclusão: artigos publicados nos últimos 5 anos, nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra e que tivessem sido realizados com adultos. Além disso, foram excluídos trabalhos do tipo monografia, tese, dissertação, ou que estivessem duplicados entre as bases de dados. Inicialmente os artigos foram analisados quanto ao título, posteriormente quanto aos resumos e, por fim, foram lidos na íntegra, sendo aplicados os critérios de inclusão e exclusão, resultando em 8 artigos para a construção da presente revisão. Resultados: Os artigos analisados mostraram que a gastroplastia gera benefícios interessantes para a promoção do controle glicêmico e para a perda significativa e duradoura de peso, com uma redução dos níveis glicêmicos ocorrendo antes mesmo da perda de peso. A resposta do diabetes à cirurgia ocorre já no primeiro mês, com a maioria dos pacientes atingindo remissão completa da doença em até um ano. As taxas de remissão encontradas no pós-operatório são variáveis, bem como os fatores preditores para um bom prognóstico (duração do diabetes, uso de insulina, idade, índice de massa corporal - IMC, nível de peptídeo C, entre outros), mas ambos os tipos de cirurgia (LSG e LRYGB) promoveram uma melhora importante do metabolismo da glicose, sendo a LSG uma alternativa mais simples, que induz a uma menor deficiência de micronutrientes e afeta positivamente as motilidades gástrica e intestinal, favorável à remissão do diabetes, inclusive para pacientes com IMC inferior a 30 kg/m², enquanto que o LRYGB promove uma maior perda de peso. Além disso, os benefícios sob o controle glicêmico no pós-operatório permanecem mesmo que haja reganho de peso e podem ser potencializados quando associados ao acompanhamento com controle da dieta e a mudanças no estilo de vida tais como o exercício físico, que favorece à melhora da sensibilidade à insulina. Conclusão: Assim, conclui-se que a LSG e o LRYGB resultam na melhora ou remissão do diabetes, sendo considerado um procedimento seguro que influencia a secreção de hormônios intestinais, independentemente da perda de peso. No entanto, os mecanismos metabólicos associados a esse desfecho ainda não foram totalmente compreendidos. Contudo, mais estudos devem ser realizados para uma melhor análise da relação entre gastroplastia e a melhora ou remissão de diabetes mellitus.

  • Palavras-chave
  • Palavras-chave, Diabetes Mellitus.Gastroplastia, Período Pós-Operatório.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Nutrição Clínica
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