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Este resumo apresenta a análise de dados da oficina intitulada de “Localização: situações envolvendo o movimento no espaço” ofertada pelo Grupo de Pesquisa XX, campus XXX, como uma das ações de comemoração dos 10 anos do grupo de estudos. A ação formativa com tema sobre educação de conceito matemático, se justifica pela poucas oportunidades de oferta de espaços formativos para docentes da Educação Básica no cenário capixaba.
A nossa organização formativa, que tem em sua essência a coletividade, o compartilhamento de ideias e a valorização dos enunciados dos sujeitos envolvidos na ação, assim como, o estudo do movimento histórico-lógico do conceito de localização, possibilitam a melhoria nas práticas educativas dos docentes com vistas no trabalho educativo intencional. Dessa forma, nos alinhamos aos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural e reconhecemos a ação formativa como espaço de socialização do patrimônio cultural e da ampliação de novos conhecimentos teóricos e práticos.
Para subsidiar a temática que dá nome à oficina, tomamos como referencial a perspectiva Histórico-Cultural e realizamos estudo sobre o movimento histórico-lógico do conceito de localização a partir de leituras de autores como Bishop (1999) e Moura et al (2018), pois entendemos que tal investigação traz sentido à nossa ação.
Partindo da compreensão de que a principal necessidade para o surgimento de estratégias para se localizar foi a necessidade humana de voltar ao seu abrigo, destacamos Bishop (1999) quando o autor cita que em todas as sociedades, os povos trataram de desenvolver de algum modo, maneiras “mais ou menos sofisticados para codificar e simbolizar seu entorno” (BISHOP, 1999, p. 48, tradução nossa) e que “para as ideias específicas de localização, era mais importante seu intrincado conhecimento da paisagem” (BISHOP,1999, p. 51, tradução nossa).
Na leitura de Moura et al (2018 p.7-8), os autores indicam que “desde as primeiras interações da espécie humana com o mundo, às situações adversas pelas quais passaram os homens primitivos os levaram a acumular descobertas geométricas relacionadas ao meio em que viviam.”
Poranto, consideramos relevante o estudo sobre o movimento histórico-lógico do conceito de localização, pois ele nos indica as condições acerca do surgimento e das primeiras necessidades que fizeram com que os homens criassem soluções que trouxessem conforto, além de desenvolver novas respostas e conhecimentos para a necessidade de se localizar, e por ser uma atividade humana que possui indícios de estar presente em todas as culturas, desde os tempos mais remotos até os atuais.
A oficina “Localização: situações envolvendo o movimento no espaço” aconteceu no dia 25 de maio de 2021 dae19h às 21h30. Cabe ressaltar, que a oficina aconteceu de forma remota, e que a opção pela modalidade a distância se deu devido a pandemia da Covid-19 e as condições de isolamento social impostas pelo descontrole do contágio do vírus na data em que a oficina ocorreu.
A oficina foi formada por 16 professores da Educação Básica, que já haviam participado de algum dos Cursos de Extensão oferecidos pelo XX nos anos anteriores, e a equipe de coordenação ministrantes da oficina, contou com uma mestranda de Pós-graduação do programa XXXX, duas estudantes da graduação de Matemática e bolsistas da iniciação científica, XXXXX e XXXXXX e duas professoras da graduação e Pós-graduação, XXXXXXX e XXXXXXXX e equipe de apoio. A produção dos dados se deu pela análise dos discursos e enunciados dos docentes e o recurso utilizado para o armazenamento dos dados foi a gravação da imagem, áudio e voz que captou e registrou as discussões que surgiram no decorrer da oficina.
Demos início, apresentando a equipe organizadora e logo depois, os professores participantes se apresentaram. Em seguida, os docentes assistiram à história virtual intitulada do conceito “Bem-vindo a Savana”, situada no continente africano, mais especificamente na savana do Quênia na Reserva Nacional Massai Mara.
Separados em quatro grupos formados por 4 pessoas, cada grupo recebeu uma cor: azul, verde, rosa ou amarelo. De acordo com o enredo da história, os grupos ao seguirem em direção opostas, foram surpreendidos por ataques de animais selvagens quando entram em um labirinto e a têm missão de sair dele. Para tarefa foram feitos 4 labirintos, cada um com uma cor e os grupos deviam seguir no labirinto da cor correspondente a que receberam no início do passeio. Foram dadas dicas pela voz da natureza ao entrarem no labitinto que poderiam ajudar a chegar até a guia turistica Dalji, é a única que conhecia a saída e conseguiria levá-los de volta para o hotel em segurança. Assim, os docentes precisaram criar estratégias para encontrar a guia.
Para andar pelo labirinto, inicialmente, foi permitido que eles dessem 3 passos, e depois puderam dar 5 passos em cada rodada. Os professores criaram suas próprias regras que garantiram a orientação do seu grupo no labirinto, uma delas é que um passo seria representado até a primeira entrada ou “dobra” do labirinto e usaram de noções geométrias para se movimentarem, como: esquerda, direita, sobe, desce, norte, sul, leste, oeste, cima, embaixo, primeira entrada, até o final, entre outras. Ao perceberem que os labirintos tinham simetria entre si, os grupos foram seguindo os passos de quem conseguia avançar e não errava o caminho.
Então, um dos participantes, pede que seja dado a ele, pelos outros grupos, os passos para que ele pudesse chegar mais rápido até a guia. Logo depois, outra participante diz que os jogos africanos seguem a premissa de que todos devem conseguir chegar juntos, ninguém ganha enquanto algum grupo estiver para trás. A partir desta fala, os grupos começam a agir de forma colaborativa, e deixam o grupo verde, que estava mais atrás na partida, chegar no mesmo ponto que os outros 3 grupos estavam e então, a cada rodada eles seguiam os mesmos passos, um de cada vez, até chegarem juntos ao encontro da guia Dalji.
Ao final da oficina, foi solicitado que os participantes escrevessem, na nuvem de palavras, 5 palavras sobre quais noções matemáticas consideraram que foram abordadas na oficina. As palavras mais citadas foram: lateralidade, localização, simetria, pontos cardeais, coordenadas, esquerda e direita
Nosso referencial teórico embasado na Teoria Histórico-Cultural, nos amparou quanto à organização da oficina, destacando a coletividade, a interação com os outros e a necessidade de escuta atenta aos enunciados dos sujeitos na busca por soluções para as situações-problemas junto aos seus pares. Alinhada a esta abordagem, o estudo sobre o movimento histórico-lógico, nos permitiu organizar uma tarefa com intencionalidade e que não perdesse de vista a real necessidade que fez com que o homem produzisse estratégias para se localizar ao satisfazer problemas e trazer conforto ao grupo, o que deu sentido à nossa ação formativa. Desse modo, entendemos que os espaços formativos, podem proporcionar a ressiginificação de conhecimentos e a reflexão das práticas pedagógicas dos docentes, o que possibilita melhorias na organização do trabalho do professor e intencionalidade ao planejar.
BISHOP, Alan. Enculturación matemática: la educación matemática desde una perspectiva cultural. Barcelona: paidos, 1999.
MOURA, Manoel Oriosvaldo de et al. (org.). Atividades para o ensino de matemática nos anos iniciais da educação básica: geometria, volume 4. [S.l.]: UFG; FFCLRP; USP; UFSM, 2018.
Comissão Organizadora
Sociedade Brasileira de Educação Matemática - ES
Instituto Federal do Espírito Santo - campus Cacho
Comissão Científica
Alcelio Monteiro - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Alex Jordane de Oliveira - Ifes campus Vitória
André Nunes Dezan - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Andréia Weiss - UFES campus de Alegre
Anny Resende Negreiros - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Aparecida Ferreira Lopes - PMVV/PMV
Elcio Pasolini Milli - SEDU – ES
Elda Alvarenga - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Elemilson Barbosa Caçandre - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Ellen Kênia Fraga Coelho - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Fulvia Ventura Leandro Amorim - Pólo UAB – Cachoeiro de Itapemirim
João Lucas De Oliveira - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Jorge Henrique Gualandi - IFES – campus Cachoeiro de Itapemirim (Presidente da comissão)
Júlia Schaetzle Wrobel - UFES – campus Vitória
Marcela Aguiar Barbosa - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Maria Laucinéia Carari - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Organdi Mongin Rovetta - SEDU-ES
Ronei Sandro Vieira - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Rubia Carla Pereira - Ifes campus Viana
Simoni Cristina Arcanjo - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Thiarla Xavier Dal-Cin Zanon - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Wanielle Silva Volpato - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim
Weverthon Lobo de Oliveira - Ifes campus Cachoeiro de Itapemirim