PRÁTICAS CURRICULARES DE LEITURA E ESCRITA EM SUAS RELAÇÕES COM AS MÚLTIPLAS FACETAS NOS/DOS PROCESSOS DE ALFABETIZAÇÃO

  • Autor
  • Amanda Loyse da Silva Alves
  • Co-autores
  • Jéssica Maria dos Santos , Adriana Cavalcanti dos Santos
  • Resumo
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    PROBLEMATICA - Na sua organização, a investigação orienta-se pela seguinte problematização: Quais relações existem entre as práticas curriculares de leitura e escrita mais usadas por professores alfabetizadores e as múltiplas facetas de inserção no mundo da escrita no processo de alfabetização? Essa curiosidade epistemológica, tem por pressuposto fundante o olhar alargado sobre as práticas curriculares de leitura e escrita, subjacente ao processo de alfabetização, que considera o movimentum evolutivo, social e histórico dos métodos de alfabetização e das teorias da aprendizagem que vêm sendo discutidos no país, mais intensamente, dos anos 80 do século passado aos dias atuais (MORTATTI, 2000; SOARES, 2016) e, também, dos estudos sobre o letramento (SOARES, 2009) e os multiletramentos (ADAMI, 2016; STREET, 2006, 2012). Desse modo, apresentaremos uma investigação em andamento sobre as práticas curriculares de leitura e escrita no processo de alfabetização, sem negar sua dissociabilidade com o(s) letramento(s), nos permitindo fazer uma reflexão sobre as singularidades das escolhas didáticas dos professores e suas interfaces com o ensino-aprendizagem da língua escrita. Nesse contexto, nos processos de alfabetização e letramento escolar os sujeitos da aprendizagem são reconhecidos como seres pensantes, e as práticas curriculares de leitura e escrita, são entendidas como  ações docentes que podem “apelar para sua inteligência, exatamente para não inibir a reflexão nascente” (FERREIRO, 2016, p33).  OBJETIVO - A investigação define por objetivo geral analisar práticas curriculares de leitura e de escrita mais freqüente na ação didática de professores alfabetizadores dos anos iniciais do ensino fundamental e suas relações com múltiplas facetas de inserção do aluno no mundo da escrita no processo de alfabetização. METODOLOGIA - A investigação de natureza qualitativa (YIN, 2016), em  andamento, esforçar-se por coletar múltiplas fontes de evidências sobre o objeto de investigação.Tendo em vista que a pesquisa qualitativa se preocupa em trabalhar com o universo de significações, causas, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, enquanto espaço de relações entre os envolvidos, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 2001). A referida investigação qualitativa tem implicado à partilha densa de estratégias e instrumentos de investigação, no locus de uma escola, com professores que se constituirão em sujeitos da investigação. Como diz Chizzoti (2008, p. 28), “[...] para extrair desse convívio os significados visíveis e latentes que são percebidos a uma atenção sensível”. Caracterizando-se, assim, tipologicamente, como estudo de caso (YIN, 2015), que se propõe a recolher dados que permitam uma aproximação ao objeto de pesquisa em contexto real, escola. Os dados estão sendo coletados por meio de questionário on-line, focusgroup (CASEY; KRUEGER, 2000), entrevistas semiestruturadas, com todos professores da escola, e observações das práticas curriculares de leitura e escrita de dois professores. No que se refere ao questionário on-line, será construído na plataforma virtual denominada Google Docs. Após ser finalizado serão enviados, por meio de endereço eletrônico aos professores da escola. Com relação ao questionário, será organizado de modo a garantir a participação dos professores por meio de questões de múltipla escolha e questões abertas, além da descrição do perfil dos participantes opcional (nome, idade, sexo, tempo de atuação profissional). Os referidos dados estão sendo coletados em uma escola da rede pública municipal de Maceió-Alagoas, que atende a sujeitos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). CONSIDERAÇÕES FINAIS – Tendo em conta que a investigação se encontra em fase inicial de desenvolvimento, os estudos de base teórica têm mostrado que em se tratando das práticas curriculares de leitura e escrita em suas relações com as múltiplas facetas nos/dos processos de alfabetização a que se considerar as contribuições das três facetas: linguística, interacional e sociocultural (SOARES, 2016). Nesse sentido, espera-se que os resultados da investigação permitam inferir e compreender os “caminhos” das práticas curriculares de leitura e escrita, seus aportes teórico-metodológicos e a relevância de se desenvolver práticas curriculares que propiciem, de fato, a aprendizagem da leitura e da escrita nos anos iniciais do ensino fundamental. O caráter inovador e inédito da investigação reside na possibilidade de produzir conhecimentos sobre a articulação entre práticas curriculares de leitura e escrita, no processo de alfabetização em escolas em Maceió-Alagoas, considerando a trajetória histórica de fracasso na alfabetização de crianças, jovens, adultos e idosos no Estado.

     

  • Palavras-chave
  • Alfabetização. Leitura. Escrita. Currículo.
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • GT 1 – Alfabetização e Multiletramentos
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PREFÁCIO

O IX Encontro de Pesquisa em Educação de Alagoas (EPEAL) vem se constituindo ao longo dos anos em um espaço privilegiado de apresentação, discussão e reflexão em torno de investigações e práticas educativas no âmbito do programa de Mestrado e Doutorado em Educação no Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas.

Esta edição reconhecendo que a Pós-Graduação no Brasil, nos últimos anos, atravessa momentos de rumores e turbulências no que diz respeito ao fomento de investigações científicas, sobretudo na área de Educação, constitui-se também enquanto forma de resistência.

O intuito de alargamos as fronteiras, o IX EPEAL uniu-se ao V Encontro Alagoano de Ensino de Ciências e Matemática e ao Encontro Regional da ANPAE/Seccional de Alagoas. Nessa parceria, esforços foram alinhados para enfrentar as restrições orçamentárias que a pesquisa no Brasil vem enfrentando nos últimos anos. Desta forma, ampliaram-se as discussões e o aprofundamento das temáticas problematizadas nos eventos.

Nesta edição, O IX EPEAL proporcionou debates significativos entre investigadores, representantes institucionais, educadores e estudantes da graduação e pós-graduação, afirmando-se como um evento de referência na divulgação de pesquisas na área educacional.

O objetivo prioritário do EPEAL implica em permitir, em suas sucessivas edições, a discussão das pesquisas em educação em território alagoano. Assim, propósito fundamental do evento consiste em fomentar narrativas e discussões locais sobre as problemáticas educativas em Alagoas.

A perspectiva de fundo consiste em pensar outras gramáticas e linguagens que povoam o universo das pesquisas em educação e suas implicações semânticas, políticas, culturais e econômicas para o âmbito das transformações das subjetividades e dos cenários educativos na contemporaneidade.

Em últimas palavras, fazendo nossas as palavras do autor Jorge Luis Borges, no poema: "O leitor", ao afirmar "que outros se vangloriem das páginas que escreveram: eu me orgulho das que já li", convidamos-vos à leitura dos trabalhos completos que compõem os Anais que ora prefaciamos.

Comissão Organizadora

  • GT 1 – Alfabetização e Multiletramentos
  • GT 2 – Educação e Inclusão de Pessoas com Deficiência ou Sofrimento Psíquico
  • GT 3 – Educação e Linguagem
  • GT 4 – Educação em Ciências e Matemática
  • GT 5 – Educação, Culturas e Currículos
  • GT 6 – História e Política da Educação
  • GT 7 – Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação

Comissão Organizadora

Elton Casado Fireman
William Carlos Marinho Ferreira

Comissão Científica

Adriana Cavalcanti dos Santos - UFAL

Amauri da Silva Barros - UFAL

Ana Carolina Faria Coutinho Gléria - UFAL

Anderson de Alencar Menezes - UFAL

Andréa Giordanna Araujo Da Silva - UFAL

Carloney Alves de Oliveira - UFAL

Carolina Nozella Gama - UFAL

Cláudia de Oliveira Lozada - UFAL

Cleide Jane de Sá Araújo Costa - UFAL

Daniela Mendonça Ribeiro - UFAL

Edna Cristina do Prado - UFAL

Edna Telma Fonseca E Silva Vilar - UFBA

Eduardo Calil de Oliveira - UFAL

Elias André Da Silva - UFAL

Elione Maria Nogueira Diógenes - UFAL

Elisangela Leal De Oliveira Mercado - UFAL

Elton Casado Fireman - UFAL

Eudes da Silva Santos - UFPE

Fernando Antônio Mesquita de Medeiros - UFAL

Fernando Silvio Cavalcante Pimentel - UFAL

Givaldo Oliveira dos Santos - IFAL

Givanildo Da Silva - UFAL

Hilda Helena Sovierzoski - UFAL

Iracema Campos Cusati - UPE

Ivanderson Pereira da Silva - UFAL

Jailton de Souza Lira - UFAL

Jakeline Alencar Andrade - UFC

Janaila dos Santos Silva - UFAL

Janayna Paula Lima de Souza Santos - UFAL

Jenner Barretto Bastos Filho - UFAL

Jorge Eduardo de Oliveira - UFAL

Junot Cornélio Matos - UFAL

Jusciney Carvalho Santana - UFAL

Kátia Maria Silva De Melo - UFAL

Kleber Cavalcanti Serra - UFAL

Laura Cristina Vieira Pizzi - UFAL

Lenira Haddad - UFAL

Leonardo Brandão Marques - UFAL

Lucas Pereira da Silva - UFAL

Luis Paulo Leopoldo Mercado - UFAL

Maria Aparecida Pereira Viana - UFAL

Maria Auxiliadora da Silva Cavalcante - UFAL

Maria Das Graças Gonçalves Vieira Guerra - UFPB

Maria do Socorro Aguiar de Oliveira Cavalcante - UFAL

Maria Dolores Fortes Alves - UFAL

Marinaide Lima de Queiroz Freitas – UFAL

Marlécio Maknamara da Silva Cunha - UFAL

Marta Maria Minervino dos Santos – UFAL

Mônica Patrícia Da Silva Sales - UFAL

Monique Angelo - UFAL

Paulo Manuel Teixeira Marino - UFAL

Regina Maria de Oliveira Brasileiro - IFAL

Rosângela Oliveira Cruz Pimenta - UFAL

Silvana Paulina de Souza - UFAL

Silvio Sánchez Gamboa - UNICAMP

Soraya Dayanna Guimarães Santos - UFV

Valéria Campos Cavalcante - UFAL

Walter Matias Lima - UFAL

Wandearley da Silva Dias - UFAL

Wilmo Ernesto Francisco Junior - UFAL

Yana Liss Soares Gomes – UFAL