Na educação, bem sabemos que a avaliação é uma parte de extrema importância para o processo de ensino aprendizagem. Diante disso, dentre os motivos que levaram a nossa proposta, surgiram vários questionamentos, um deles, é o de compreender a diferença entre exame e avaliação, e de como isso é visto em uma escola localizada em Maceió. É importante pensar que, o modo que o docente utiliza para avaliar pode contribuir ou não para uma melhor aprendizagem e desenvolvimento do aluno. Dependendo da compreensão do docente acerca do que seja avaliação, a aula pode se tornar uma rotina desgastante e cansativa ou algo prazeroso que desperte o interesse em aprender. É fundamental entendermos alguns conceitos que dizem respeito ao que seja avaliação e exame. De acordo com Luckesi (2011), o sistema pedagógico está baseado numa “pedagogia do exame”, em que avaliar se confunde com examinar na medida em que se acredita que sua prática, esteja baseada no produto final, que classifica os alunos em reprovados ou aprovados de acordo com os resultados das provas, o que é definido como um exame, já que o avaliar consiste em analisar todo contexto, se apresentando de uma forma mais ampla e democrática, facilitando assim a aprendizagem, sendo algo diagnóstico. Luckesi (2011) nos apresenta uma avaliação mais democrática, vendo que, o indivíduo não pode ser avaliado por uma única ferramenta e sim que essa construção implicada pela avaliação, é um mecanismo que requer tempo e diversas estratégias para assim se construir um aprendizado significativo. Para embasar e dialogar essa discussão, destacamos autores que nos fundamentarão, como Luckesi (2011), Romão (2005), Santanna (2014), Zucula e Ortigão (2016), dentre outros, que falam da importância da avaliação no processo de ensino aprendizagem, destacando a diferença que existe entre os termos avaliação e exame, e fazem apontamentos sobre o que ambos implicam na interação entre professor e aluno. O objetivo geral da pesquisa é analisar como a prática do exame e/ou da avaliação interfere na relação entre professor e aluno. Como objetivos específicos, consolidaram-se os seguintes: Investigar se os docentes compreendem a diferença entre esses dois processos, bem como observar e analisar como o exame e avaliação são trabalhados nas práticas dos professores. Ao refletirmos sobre qual método utilizaríamos para a pesquisa, ficamos atentos ao que Gamboa (2012) discute sobre os métodos utilizados para fazer ciência, usados para a pesquisa, os questionando numa análise mais epistemológica, quando se fala que, quem escolhe o método que irá ser utilizado será o objeto e não ao contrário. Portanto, a pesquisa possui como metodologia, a hermenêutica-fenomenológica, pois vemos que tal apresenta uma maneira melhor de analisarmos essa questão em uma perspectiva qualitativa, observando como esses processos são inseridos no ambiente. Dessa forma, sentimos a necessidade de utilizar o estudo de caso, para averiguar melhor indo a campo, tendo como lócus de pesquisa uma escola pública municipal, localizada em Maceió, utilizando como instrumentos dessa investigação, a entrevista e observação. A perspectiva qualitativa se mostra importante, pois na medida em que há esse contato do ambiente com o pesquisador, verificaremos como a problemática se manifesta no ambiente e em suas interações entre os sujeitos: educador e educando, observando os olhares dos participantes sobre o que compreendem por exame e avaliação, analisando suas falas com base nas perspectivas dos autores que argumentam sobre o assunto. Quanto ao estudo de caso, como retrata Lüdke e André (1986, p.17): “O caso é sempre bem delimitado, devendo ter seus contornos definidos no desenrolar do estudo. O caso pode ser similar a outros, mas é ao mesmo tempo distinto, pois tem um interesse próprio, singular”. Ou seja, o estudo de caso está atento a todos os elementos que colaboram com a pesquisa, levando em conta o contexto que o objeto se situa, buscando retratar a realidade, com diferentes pontos de vista, buscando situar nossa problemática com a realidade escolar. Considerando a importância da temática, acreditamos que o estudo é interessante e que pode ampliar o debate acerca da avaliação da aprendizagem, entretanto, a presente pesquisa ainda se encontra em andamento, em fase de coleta de dados, dessa forma, ainda não possuímos resultados para discutir neste momento.
PREFÁCIO
O IX Encontro de Pesquisa em Educação de Alagoas (EPEAL) vem se constituindo ao longo dos anos em um espaço privilegiado de apresentação, discussão e reflexão em torno de investigações e práticas educativas no âmbito do programa de Mestrado e Doutorado em Educação no Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas.
Esta edição reconhecendo que a Pós-Graduação no Brasil, nos últimos anos, atravessa momentos de rumores e turbulências no que diz respeito ao fomento de investigações científicas, sobretudo na área de Educação, constitui-se também enquanto forma de resistência.
O intuito de alargamos as fronteiras, o IX EPEAL uniu-se ao V Encontro Alagoano de Ensino de Ciências e Matemática e ao Encontro Regional da ANPAE/Seccional de Alagoas. Nessa parceria, esforços foram alinhados para enfrentar as restrições orçamentárias que a pesquisa no Brasil vem enfrentando nos últimos anos. Desta forma, ampliaram-se as discussões e o aprofundamento das temáticas problematizadas nos eventos.
Nesta edição, O IX EPEAL proporcionou debates significativos entre investigadores, representantes institucionais, educadores e estudantes da graduação e pós-graduação, afirmando-se como um evento de referência na divulgação de pesquisas na área educacional.
O objetivo prioritário do EPEAL implica em permitir, em suas sucessivas edições, a discussão das pesquisas em educação em território alagoano. Assim, propósito fundamental do evento consiste em fomentar narrativas e discussões locais sobre as problemáticas educativas em Alagoas.
A perspectiva de fundo consiste em pensar outras gramáticas e linguagens que povoam o universo das pesquisas em educação e suas implicações semânticas, políticas, culturais e econômicas para o âmbito das transformações das subjetividades e dos cenários educativos na contemporaneidade.
Em últimas palavras, fazendo nossas as palavras do autor Jorge Luis Borges, no poema: "O leitor", ao afirmar "que outros se vangloriem das páginas que escreveram: eu me orgulho das que já li", convidamos-vos à leitura dos trabalhos completos que compõem os Anais que ora prefaciamos.
Comissão Organizadora
Comissão Organizadora
Elton Casado Fireman
William Carlos Marinho Ferreira
Comissão Científica
Adriana Cavalcanti dos Santos - UFAL
Amauri da Silva Barros - UFAL
Ana Carolina Faria Coutinho Gléria - UFAL
Anderson de Alencar Menezes - UFAL
Andréa Giordanna Araujo Da Silva - UFAL
Carloney Alves de Oliveira - UFAL
Carolina Nozella Gama - UFAL
Cláudia de Oliveira Lozada - UFAL
Cleide Jane de Sá Araújo Costa - UFAL
Daniela Mendonça Ribeiro - UFAL
Edna Cristina do Prado - UFAL
Edna Telma Fonseca E Silva Vilar - UFBA
Eduardo Calil de Oliveira - UFAL
Elias André Da Silva - UFAL
Elione Maria Nogueira Diógenes - UFAL
Elisangela Leal De Oliveira Mercado - UFAL
Elton Casado Fireman - UFAL
Eudes da Silva Santos - UFPE
Fernando Antônio Mesquita de Medeiros - UFAL
Fernando Silvio Cavalcante Pimentel - UFAL
Givaldo Oliveira dos Santos - IFAL
Givanildo Da Silva - UFAL
Hilda Helena Sovierzoski - UFAL
Iracema Campos Cusati - UPE
Ivanderson Pereira da Silva - UFAL
Jailton de Souza Lira - UFAL
Jakeline Alencar Andrade - UFC
Janaila dos Santos Silva - UFAL
Janayna Paula Lima de Souza Santos - UFAL
Jenner Barretto Bastos Filho - UFAL
Jorge Eduardo de Oliveira - UFAL
Junot Cornélio Matos - UFAL
Jusciney Carvalho Santana - UFAL
Kátia Maria Silva De Melo - UFAL
Kleber Cavalcanti Serra - UFAL
Laura Cristina Vieira Pizzi - UFAL
Lenira Haddad - UFAL
Leonardo Brandão Marques - UFAL
Lucas Pereira da Silva - UFAL
Luis Paulo Leopoldo Mercado - UFAL
Maria Aparecida Pereira Viana - UFAL
Maria Auxiliadora da Silva Cavalcante - UFAL
Maria Das Graças Gonçalves Vieira Guerra - UFPB
Maria do Socorro Aguiar de Oliveira Cavalcante - UFAL
Maria Dolores Fortes Alves - UFAL
Marinaide Lima de Queiroz Freitas – UFAL
Marlécio Maknamara da Silva Cunha - UFAL
Marta Maria Minervino dos Santos – UFAL
Mônica Patrícia Da Silva Sales - UFAL
Monique Angelo - UFAL
Paulo Manuel Teixeira Marino - UFAL
Regina Maria de Oliveira Brasileiro - IFAL
Rosângela Oliveira Cruz Pimenta - UFAL
Silvana Paulina de Souza - UFAL
Silvio Sánchez Gamboa - UNICAMP
Soraya Dayanna Guimarães Santos - UFV
Valéria Campos Cavalcante - UFAL
Walter Matias Lima - UFAL
Wandearley da Silva Dias - UFAL
Wilmo Ernesto Francisco Junior - UFAL
Yana Liss Soares Gomes – UFAL