EFEITOS DA TERAPIA HORMONAL NA MENOPAUSA: UMA REVISÃO DE LITERATURA.
Ana Carla Maia Rodrigues de Paula¹
Medicina, Universidade Nilton Lins, Manaus-AM, anacarla_150@hotmail.com
Renival Correa de Miranda Filho ²
Medicina, Universidade Nilton Lins, Manaus-AM, ronefilho@gmail.com
Sigrid Maria Loureiro de Queiroz Cardoso3
Universidade Federal do Amazonas, Manaus-AM
INTRODUÇÃO: A redução dos hormônios ovarianos está diretamente ligada a condição de envelhecimento da mulher e é sem dúvidas um momento muito conflitante onde ocorrem mudanças impactantes, com alterações metabólicas, psíquicas e emocionais. A terapia de reposição hormonal (TRH) vem sendo utilizada com o objetivo de diminuir estas alterações fisiológicas que afetam diretamente o bem estar e a qualidade de vida das mulheres. A menopausa ocorre entre 45 e 55 anos de idade, e esse diagnóstico é dado de maneira retrospectiva, após um período de 12 meses sem menstruar. A TRH além de prevenir doenças e outros agravos possíveis de ocorrer, pode intervir em sintomas comuns como fogachos, atrofia vaginal, inibição do desejo sexual e oscilações do humor. OBJETIVO: Expor os principais efeitos da terapia de reposição hormonal no organismo feminino após a menopausa. METODOLOGIA: Revisão de literatura realizada por pesquisa exploratória a partir de busca nas bases de dados: Scielo e Portal regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Coletaram-se dados publicados no período de 2015 a 2024, através dos seguintes descritores: Saúde da mulher, pós-menopausa e terapia de reposição hormonal. RESULTADOS: Após inserir os descritores nas bases de dados foram encontrados 12.612 artigos na Biblioteca Virtual em Saúde e 370 na Scielo. Ao aplicar critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 10 artigos na Scielo e 6 artigos na BVS, totalizando 16 artigos. Os artigos analisados, avaliaram benefícios e riscos da utilização da terapia hormonal em mulheres após a menopausa. No que se refere a mudanças do perfil lipídico, após a utilização da TRH, não foi demonstrado mudanças significativas e seu uso não esteve relacionado a hipertensão, especialmente em mulheres saudáveis abaixo de 60 anos de idade, entretanto há divergências na literatura, apontando que a dose, a via de administração e o tempo de uso decorrido desde a última menstruação, podem influenciar no desfecho de eventos cardiovasculares. Os sintomas vasomotores da menopausa são mais frequentes chegando a afetar 80% das mulheres, a utilização da terapia demonstrou redução dos fogachos e sudorese noturna. Teve impacto positivo nos sintomas urogenitais, normalizando a atrofia vaginal e reduzindo a ocorrência de infecção urinária. O estrógeno isolado ou associado a progesterona é eficaz na prevenção de perda óssea. Porém a terapia aumenta em aproximadamente duas vezes o risco de fenômenos tromboembólicos, pode aumentar o risco de câncer e hiperplasia endometrial, e o seu grau de associação com o câncer de mama continua controverso. CONCLUSÃO: Os consensos atuais são unânimes quando relatam que os benefícios da TRH são máximos quando iniciada na perimenopausa. E apesar de alguns resultados ainda inconclusivos a respeito da terapia, estudos recentes demonstram impacto positivo na vida e no bem-estar das mulheres.
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