PARTO PLANEJADO X MANEJO EXPECTANTE PARA FETOS PRÉ-TERMO TARDIOS EM GESTANTES COM PRÉ-ECLÂMPSIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META-ANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS

  • Autor
  • IZAEL PEREIRA DA SILVA
  • Co-autores
  • JOSÉ GUILHERME MAIA , ANDRÉ LUÍS E SILVA EVANGELISTA , MARCUS VINÍCIUS ATHAN CASTANHO , JOCIELE BARRETO RODRIGUES , RODRIGO TIKARA KAWAI , MARIA ESTHER LIMA RIOS EVANGELISTA , ISABELLE CHRISTINE SILVA MATOS , ARNALDO RAMOS DE OLIVEIRA NETTO , PATRÍCIA LEITE BRITO
  • Resumo
  • Introdução: Os distúrbios hipertensivos da gravidez são uma das principais causas de morte materna, sendo que a pré-eclâmpsia representa o mais grave desses distúrbios. A pré-eclâmpsia pode levar a consequências graves para a mulher e o bebê, incluindo eclâmpsia, morte materna e natimorto. A OMS recomenda o parto com 37 semanas de gestação para todas as mulheres com pré-eclâmpsia, independentemente da gravidade da doença. Antes de 34 semanas, a conduta expectante é considerada preferível devido aos riscos neonatais associados ao nascimento prematuro precoce, sendo o parto recomendado apenas em caso de comprometimento materno ou fetal grave. Entre 34 e 37 semanas de gravidez, o momento ideal para o parto é menos claro. Objetivos: Esta revisão sistemática meta-análise tem como objetivo avaliar a eficácia potencial do parto planejado para pré-termos tardios em gestantes com pré-eclâmpsia versus manejo expectante. Métodos: Esta revisão sistemática e meta-análise seguiu as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Review). Os bancos de dados Pubmed, Embase e Cochrane foram pesquisados em busca de estudos que analisassem o efeito do parto planejado para pré-termos tardios em gestantes com pré-eclâmpsia. Um modelo de efeitos aleatórios foi usado para calcular as proporções com intervalos de confiança (ICs) de 95%. A heterogeneidade foi avaliada com a estatística I². A análise estatística foi realizada com o software Review Manager 5.4. Resultados: Foram incluídos três ensaios clínicos randomizados com 1268 pacientes, sendo 758 alocadas no grupo intervenção e 792 no grupo controle. Do total de pacientes, a faixa de idade visualizada foi de 28.3 a 30.7 anos e IMC de 27.19 a 29.8Kg/m2. Além disso, 31.9% das pacientes utilizaram Aspirina para prevenção de pré-eclâmpsia. Na análise geral, a escolha do parto planejado reduziu a evolução do quadro para pré-eclâmpsia grave (RR 0.87, 95%CI: 0.080-0.94, p=0.0005, I² = 12%) e o desfecho composto de morbidade materna (RR 0.87, 95%CI: 0.081-0.94, p=0.0003, I² = 0%). Não foi demonstrado diferença na escolha de parto planejado versus manejo expectante no desfecho composto neonatal (RR 1.06, 95%CI: 0.074-1.52, p=0.04, I² = 76%), descolamento prematuro de placenta (RR 0.58, 95%CI: 0.23-1.48, p=0.3, I² = 6%) e admissões na Unidade de Terapia Intensiva neonatal (RR 1.22, 95%CI: 0.085-1.75, p=0.14, I² = 54%). Conclusão: Nessa revisão sistemática e meta-análise de gestantes com pré-eclâmpsia e fetos pré-termo tardios, a escolha pelo parto planejado demonstrou redução na evolução do quadro clínico materno para pré-eclâmpsia grave e na morbidade materna, indicando ser uma conduta superior ao manejo expectante.

  • Palavras-chave
  • Obstetrícia, Pré-eclâmpsia, Pré-termo
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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