Do Diagnóstico ao Tratamento: Análise de uma Década da Acessibilidade de Mulheres com Câncer de Mama no Estado do Amazonas

  • Autor
  • Mariana Guimarães de Oliveira Castro
  • Co-autores
  • Lázara Gabriela Oliveira Silva , Raphael Lopes Ferraz , Amanda Monteiro de Fátima Gurgel , Jéssica Martins Freire Costa , Ramon Filipe Martins , Laísa Gomes Salvador , Jade Taumaturgo Macedo Ennes , Giovanna Guimarães Mourão , Patrícia Leite Brito
  • Resumo
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    Introdução: O câncer de mama continua sendo a primeira neoplasia que mais acomete mulheres no Brasil, ganhando espaço até acima do câncer de colo de útero, no Amazonas. Assim sendo, desde novembro de 2012, a Lei 12.732 confere às brasileiras com diagnóstico confirmado o direito de iniciarem o tratamento em até 60 dias. Com a superlotação dos hospitais públicos, isso nem sempre se faz possível. Objetivo: Comparação dos resultados da trajetória de pacientes com câncer de mama, do tempo de diagnóstico ao tratamento, no estado do Amazonas, Brasil, na última década. Métodos: trata-se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo feito com a análise de dados secundários, obtidos a partir da plataforma TABNET e coletados através do Sistema Único de Saúde. Foram pesquisadas as seguintes variáveis: o número de diagnóstico de câncer de mama e o tempo até o tratamento depois de diagnosticado; comparando os períodos entre os anos 2020 a 2024 e 2015 a 2019. Resultados: de 2020 a 2024, 2.166 mulheres foram diagnosticadas com CA de mama. Dessas, 1.830 (84,4%) receberam tratamento. O tempo até esse tratamento foi imediato para 309 (16%) dessas mulheres, 87 (4%) até 30 dias, 511 (27%) de um a três meses, 822 (44%) de três a dez meses e 70 (3%) de um a dois anos. Já entre 2015 a 2019, 1.808 mulheres obtiveram o mesmo diagnóstico, com 1.379 (76%) recebendo tratamento. Não houve espera para 175 (12%) dessas mulheres. Para o restante, 90 (6%) aguardou um mês, 575 (41,6%) de um a três meses, 569 (41,2%) de três a dez meses e 110 (7,9%) de um a dois anos. Conclusão: com o exposto acima, concluimos que houve uma melhora no acesso ao tratamento para essas mulheres dos últimos cinco anos até hoje. O ingresso de 10% com alcance a terapia e a diminuição de espera para tal, com 4% a mais obtendo acesso imediato, além da queda nas outras porcentagens quanto a demora. Ainda assim, a grande maioria dessas mulheres espera mais de sessenta dias para seu tratamento, o que causa grande dissonância com a lei citada no início, que supostamente deveria garantir seu acesso até dois meses. Com isso, faz-se necessário novas estratégias de saúde para melhoria desse quadro, afim de diminuir grandes filas de espera. 

  • Palavras-chave
  • Câncer, Mama, Diagnóstico, Tratamento, Acessibilidade
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Mastologia
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