Detecção de lesões mamográficas suspeitas de malignidade em pacientes de risco habitual rastreadas fora da faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde entre 2013 e 2023 no Amazonas

  • Autor
  • Jéssica Martins Freire Costa
  • Co-autores
  • Mariana Guimarães de Oliveira Castro , Laísa Gomes Salvador , Ramon Filipe Martins , Jade Taumaturgo Macedo Ennes , Pedro Thiago de Cristo Rojas Cabral , Marcus Vinícius Athan Castanho , Tanna de Verçosa , Fabiana Albuquerque Arnaud de Souza Lima , Lilian Cristina de Souza Guimarães
  • Resumo
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    Introdução: A mamografia é um exame radiológico para avaliação mamária que objetiva detectar de maneira precoce o câncer de mama, antes mesmo de alterações clínicas. É o método de eleição para rastreamento desse tumor maligno, reduzindo a mortalidade na população de risco habitual. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), o exame é indicado para mulheres na faixa etária entre 50 a 69 anos, a ser realizado bianualmente, quando se trata de mulheres do grupo de risco habitual. Entretanto, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) preconizam, para esse mesmo grupo de mulheres de risco habitual, que o exame seja realizado anualmente dos 40 aos 74 anos. Ainda, aconselha que mulheres acima de 75 anos, com expectativa de vida maior  que 7 anos e que possam ser submetidas ao tratamento de câncer de mama, considerando as suas comorbidades, deverão ser mantidas em rastreamento mamográfico. O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil - excluindo-se os tumores de pele não melanoma -, com taxa de mortalidade crescente devido a grande proporção de diagnóstico em estágio avançado. Objetivos: Evidenciar a prevalência de lesões mamográficas suspeitas detectadas em mulheres de risco habitual fora da faixa etária preconizada pelo MS no Amazonas. Métodos: Trata-se de um estudo exploratório, quantitativo, cuja base de dados é o Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), entre os anos de 2013 a 2023, no Amazonas, Brasil. As mulheres foram subdividas em dois grupos: as com idade entre 40 e 49 anos e as acima de 69 anos, nas quais foram detectadas lesões suspeitas de malignidade a partir da mamografia de rastramento. Resultados: Entre os anos de 2013 a 2023 no Amazonas, realizaram-se 40.303 mamografias em mulheres de risco habitual entre 40 e 49 anos, com detecção de 823 casos em categoria 4 (suspeita de malignidade – média de 70% de risco de câncer) e 40 casos em categoria 5 (altamente suspeito para malignidade – > 95% de risco de câncer). Em mulheres de risco habitual com mais de 69 anos, foram realizadas 5.228 mamografias, com detecção de 144 casos em categoria 4 e 17 casos em categoria 5. Conclusão: De acordo com os dados coletados na última década no Amazonas, a prevalência de mulheres com lesões suspeitas de malignidade em mamografias é de aproximadamente 2,14% em pacientes com faixa etária entre 40 e 49 anos e aproximadamente 3% em pacientes acima de 69 anos. O rastreamento de acordo com o MS se dá entre os 50 e 69 anos, podendo haver diagnóstico tardio em pacientes fora desta faixa etária, o que compromete a expectativa de cura da doença. Reforça-se, assim, a possibilidade de ampliação de rastramento mamográfico pelo MS, conforme preconizado pelas sociedades médicas. A partir do diagnóstico precoce, as opções de tratamento local e sistêmico se tornam mais efetivas, de maneira a reduzir a mortalidade e aumentar sobrevida livre de doença.

     

  • Palavras-chave
  • câncer de mama, mamografia, rastreamento
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