Relato de caso: Anidrâmnio e malformações fetais em maternidade no estado do Amazonas

  • Autor
  • Jade Taumaturgo Macedo Ennes
  • Co-autores
  • Laísa Gomes Salvador , Emanuelly Maria Lima Barbosa , Luisa Tiemi Souza Tuda , Jéssica Martins Freire Costa , Ramon Filipe Martins , Mariana Guimarães de Oliveira Castro , Lázara Gabriela Oliveira Silva , Walewska Simões Pacheco Sevilla
  • Resumo
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    Introdução:O oligoidrâmnio é caracterizado pela redução do líquido amniótico abaixo do esperado para a idade gestacional. Pode ser diagnosticado através da Ultrassonografia (USG) sendo o principal parâmetro utilizado o Índice de Líquido Amniótico (ILA), classificado em leve (4,1 a 5,0 cm), moderado (2,1 a 4,0 cm) e grave (0 a 2,0 cm) sendo zero o anidrâmnio. Algumas causas identificáveis são: anomalias genéticas, doenças maternas ou placentárias ou idiopáticos. Relato de caso:Este trabalho relata o caso de uma gestante, parda, 33 anos, G4P0A3, com idade gestacional de 24 semanas. Em 27/04/2024 a paciente chegou ao Instituto da Mulher Dona Lindú, encaminhada pela Maternidade Moura Tapajós devido à hipótese diagnóstica de amniorrexe prematura e adramnia. Trouxe consigo cartão de pré-natal com 2 consultas, ultrassonografias até 11 semanas e 5 dias sem alterações, porém outra datada de 19/04/2024 demonstrou ILA de 0,0 cm, caracterizando anidramnio, com idade gestacional de 18 semanas e 4 dias. Durante a anamnese, paciente refere que esteve recentemente internada por 27 dias para tratamento clínico de aminiorrexe com antibiótico e corticoterapia, negando histórico de perda de líquido amniótico, dores ou febre. No Instituto, foi realizada no mesmo dia do primeiro atendimento, uma nova ultrassonografia para reavaliação, onde revelou-se um ILA de 0,0 cm, além de ausência de bolha gástrica, rim pélvico único, ausência de bexiga, deformidade em coluna cervical e lombar, além de derrame pericárdico. Além do exame de imagem foram coletados exames laboratoriais para rastreio infeccioso e sorologias para HIV, Sífilis, Hepatites B e C, os quais demonstraram leucocitose (14.000) com PCR negativo e sorologias não reagentes. Com base nesses resultados, a paciente se manteve em acompanhamento clínico e administração de ampicilina até a melhora da leucocitose e foi orientada sobre as múltiplas malformações fetais e a necessidade de acompanhamento genético. Método:Paciente foi atendida no Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do instituto da mulher dona Lindú, na cidade de Manaus-AM foi formulado com as informações  obtidas junto ao prontuário da paciente. A paciente autorizou a utilização dos dados do seu prontuário por meio da assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Conclusão:A paciente permanece em acompanhamento clínico na enfermaria do Instituto para investigação e monitorização. Devido às múltiplas malformações fetais, síndromes genéticas estão sendo levantadas para esclarecer o caso, dentre elas a principal hipótese é a Síndrome de Klippel-Feil (SKF). A prevalência da SKF é de cerca de 40.000 neonatos no mundo, porém ainda não possui sua fisiopatologia bem descrita. Esta síndrome cursa principalmente com malformações ósseas, notadamente de coluna cervical, além de malformações renais (35%), cardíacas (15%). A ausência de rim em loja renal habitual assim como a presença de outras malformações urinárias, ósseas e do trato gastrointestinal identificados no feto aqui relatado, são eventos extremamente raros, sendo a USG morfológica essencial para o diagnóstico. Este é um exame realizado rotineiramente durante a avaliação pré-natal e suficiente para o diagnóstico do oligoidrâmnio que deve ser melhor investigado quando não há histórico de perdas vaginais para evitar maiores complicações no recém-nascido e fornecer apoio à família.

     

  • Palavras-chave
  • malformações fetais, oligodrâmnio, anidrâmnio, malformação renal.
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