PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR LEIOMIOMAS UTERINOS NO ESTADO DO AMAZONAS DE 2019-2023

  • Autor
  • Akilla Caroline Nascimento Pereira
  • Co-autores
  • Ana Paula Oliveira Pinto , Lycia Silva Ribeiro , Maria Fernanda Abrahim de Souza , Edil Correa de Miranda , Karoline Lima de Souza , Lázara Gabriela Oliveira Silva
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Leiomiomas uterinos são neoplasias benignas das células musculares lisas do útero muito comuns. Histologicamente, os miomas apresentam matriz extracelular abundante, composta de colágeno, fibronectina e proteoglicanas. De acordo com estudos de rastreamento ultrassonográfico, foram identificados miomas em 51% das mulheres pré-menopausa (PASSOS, 2023). O Ministério da Saúde pontua que a condição acomete cerca de dois milhões de mulheres e cerca de 300 mil perdem o útero, por ano, em consequência da doença. Segundo a FEBRASGO, é uma causa importante de morbidade em mulheres na menacme de ciclos hipermenorrágicos, quase 20% das internações pela condição são em caráter de urgência. O mapeamento do perfil epidemiológico é uma ferramenta essencial para adoção de estratégias que possibilitem o diagnóstico e o tratamento precoce da miomatose uterina, a fim de que mulheres acometidas por essa doença possam receber o cuidado e atenção adequados. OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico das internações hospitalares do SUS por leiomioma uterino nos anos de 2019 a 2023 no estado do Amazonas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal, retrospectivo e descritivo em que foi considerado o total de internações por leiomioma uterino realizadas no período de 2019 a 2023 no Amazonas e na Região Norte. Os dados utilizados foram de origem secundária, extraídos do banco de dados DATASUS, na categoria de base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). RESULTADOS: De acordo com o DATASUS, foram notificadas 4.730 internações de pacientes do sexo feminino na faixa etária de 15 a 69 anos por leiomioma uterino no Amazonas entre 2019 e 2023, o que corresponde a 13,75% dos casos na Região Norte. Em relação à faixa etária, os resultados encontrados foram: 15 a 19 anos com 0,17% (8), 20 a 29 anos com 4,86% (230), 30 a 39 anos com 20,32% (961), 40 a 49 anos com 56,55% (2.675), 50 a 59 anos com 15,18% (718) e 60 a 69 anos com 2,92% (138). Além disso, a cor/raça que mais prevaleceu entre as hospitalizações foi a parda, com 86,53% (4.093), seguida pela amarela com 6,62% (313), branca com 3,91% (185), indígena 1,92% (91) e a cor preta 1,01% (48). CONCLUSÃO: Esta análise epidemiológica das hospitalizações por leiomioma no Amazonas indica que a população mais acometida entre os anos de 2021 e 2023 é a mulher parda na faixa etária entre 40 a 49 anos seguida da faixa etária de 30 a 39 anos, corroborando com a literatura, a qual demonstra que a maior incidência de miomatose sintomática se dá entre a terceira a quarta décadas da vida, diminuindo o risco novamente na faixa etária pós-menopausa (acima de 60 anos). Ao considerar a cor/raça, estudos mostram que a raça negra é fator consistentemente associado a um risco aumentado de miomas uterinos, divergindo da literatura os resultados demonstram que que no Amazonas a raça/ cor preta constitui menor fator de risco para internação devido as complicações decorrentes da doença.

  • Palavras-chave
  • LEIOMIOMAS; INTERNAÇÕES; EPIDEMIOLOGIA
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