A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) corresponde a um distúrbio hormonal caracterizado pela presença de cistos nos ovários, disfunção ovulatória e o aumento dos níveis de testosterona. Esse distúrbio é mais comum em mulheres em idade reprodutiva e corresponde à causa mais frequente de infertilidade em mulheres. Além disso, a resistência à insulina e a hiperinsulinemia são quadros comuns na SOP e colaboram para o desenvolvimento do hiperandrogenismo e da síndrome metabólica. A longo prazo, a SOP pode evoluir para, além da infertilidade, obesidade, diabetes e câncer de endométrio. Portanto, essa temática mostra-se muito importante e necessita de atenção. Identificar as inferências da Síndrome dos Ovários Policísticos na saúde da mulher, destacando seus efeitos e as suas implicações na função reprodutiva e metabólica no sistema feminino. Abordar as consequências hormonais da SOP e sua influência na fertilidade e controle reprodutivo das mulheres. Discutir os principais distúrbios metabólicos desenvolvidos pela evolução da Síndrome dos Ovários Policísticos. Para o desenvolvimento desta revisão sistemática foram utilizados os trabalhos presentes nas seguintes bases de dados: PubMed, Lilacs e Cochrane. Nesse sentido, aplicou-se os descritores “Polycystic Ovary Syndrome”, “Time”, “Health Imapcts” e “Treatment”, em consonância aos descritores booleanos “AND” e “NOT”, para busca avançada nos diferentes bancos. Ainda, os critérios de inclusão no estudo foram: publicações realizadas entre os anos de 2019 a 2024, disponibilidade de forma completa e gratuita, artigos nos idiomas espanhol, português ou inglês. Em contrapartida, foram excluídos aqueles que não se adequaram ao tema preestabelecido e revisões de literatura — para eliminar possíveis vieses de confirmação por parte dos pesquisadores. Por fim, foram encontrados 55 estudos, sendo 29 deles na base Pubmed, 18 no Lilacs e 8 no banco Cochrane. Os estudos selecionados destacam que a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) está associada a diversas complicações a longo prazo na saúde reprodutiva e metabólica das mulheres, incluindo um maior risco de doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e dislipidemia, devido a alterações metabólicas como resistência à insulina. Além disso, a SOP pode resultar em distúrbios do metabolismo da glicose e diabetes tipo 2. Assim como a fertilidade também é afetada, com a SOP sendo uma das principais causas de infertilidade feminina devido a distúrbios ovulatórios. Por fim, mulheres com SOP também podem apresentar qualidade de sono reduzida e um maior risco de apneia obstrutiva do sono, o que pode piorar as complicações metabólicas e cardiovasculares. Dessa forma, monitorar de perto a saúde metabólica, cardiovascular e reprodutiva é essencial para reduzir o risco de complicações a longo prazo e implementar intervenções preventivas e de tratamento adequadas. A SOP gera uma grande influência na saúde feminina, afetando tanto a função reprodutiva quanto metabólica, comprometendo a fertilidade e o controle reprodutivo. Com isso, observa-se a necessidade de maiores conhecimentos sobre o tema com equipes de saúde poderem identificá-lá de maneira eficaz e garantir o tratamento adequado.
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