Introdução: O desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas nas cirurgias surgiu da necessidade de oferecer menor dano e risco para os pacientes. Esses procedimentos consistem em pequenas incisões na pele, nas quais são empregados instrumentos que auxiliam durante a operação, oferecendo agressões menores, prejuízos estéticos diminutos e além disso, a melhora no tempo de recuperação pós-operatório. Nesse sentido, tais técnicas têm sido empregadas em cirurgias, como no manejo de prolapso de órgãos pélvicos (enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico), ainda que haja as cirurgias com métodos tradicionais, porém faz-se importante avaliar as possíveis complicações desses novos procedimentos menos invasivos. Dessa forma, além dos desfechos positivos já elucidados, em comparação com os procedimentos convencionais, é crucial avaliar o impacto clínico na saúde das mulheres. Objetivos: Analisar os desfechos clínicos, como taxas de recorrência do prolapso, complicações e sintomas pós-operatórios, após a utilização de técnicas minimamente invasivas no Manejo de Prolapso de órgãos pélvicos. Ademais, busca-se investigar a eficácia de tais métodos em comparação às abordagens cirúrgicas tradicionais. Métodos: Para a composição desta revisão sistemática, foram utilizados os descritores “Minimally Invasive Techniques” e “Pelvic Organs Prolapse” nas bases de dado Pubmed, Cochrane e Lilacs. No intuito de filtrar os resultados obtidos, foram utilizados como critérios de inclusão ensaios clínicos publicados no período de 2010 a 2024 e escritos em língua inglesa, espanhola e portuguesa. Em contrapartida, foram utilizados como critérios de exclusão: estudos publicados antes de 2010 e revisões bibliográficas. Somados, 73 artigos foram encontrados, dos quais apenas 18 compuseram esta revisão. Resultados: De todos os artigos utilizados, predominaram desfechos positivos, com baixa complicação pós-operatória, menos tempo em sala de cirurgia e menor tempo de recuperação ao realizarem técnicas laparoscópicas ou robóticas para manejo de prolapso de órgãos pélvicos em comparação com abordagens tradicionais. Em contradição, as taxas de recidiva não se alteraram com o uso das técnicas modernas. Dentre os 18 estudos analisados, evidências consistentes apontam para desfechos positivos ao empregar técnicas laparoscópicas ou robóticas no manejo do prolapso de órgãos pélvicos. Foi observado que pacientes submetidos a cirurgias laparoscópicas apresentaram uma redução significativa no tempo médio em sala de cirurgia, com uma média de 30% a menos em comparação com abordagens tradicionais. Além disso, encontraram taxas de complicações pós-operatórias significativamente menores entre pacientes submetidos a cirurgias laparoscópicas ou robóticas em comparação com aquelas que passaram por procedimentos tradicionais. Conclusão: Dados os fatos apresentados, pôde-se observar que as técnicas minimamente invasivas, embora não apresentando diferença nas taxas de recidiva em comparação aos métodos tradicionais, resultaram em melhor prognóstico para os pacientes. Com isso, observa-se o potencial tecnológico para tais procedimentos, visando mínimos danos aos pacientes.
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JORNADA AMAZONENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2023