EFICÁCIA E SEGURANÇA DE NOVAS TÉCNICAS DE SLING PARA O TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO EM MULHERES

  • Autor
  • Lorena Mendes Damasceno
  • Co-autores
  • Pedro Alonso Sampaio Braga , Valeska Sofia de Oliveira Ribeiro , Daniel de Almeida Campos , Thiago Ponce de Leão Monteiro , Maria Fernanda Botelho Ribeiro de Moura Costa , Julia Marjorie Pires Costa , Suammy de Oliveira Maciel , Victor Gabriel de Alencar Ribeiro , João Victor de Souza Corrêa
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: Segundo a Sociedade Internacional de Continência, a incontinência urinária de esforço (IUE) é definida como perda involuntária de urina do orifício uretral externo mediante aumento da pressão abdominal. O sling de uretra média é o procedimento cirúrgico padrão-ouro para tratar essa condição nas mulheres. Consiste na inserção de faixa de material sintético sob a uretra média para dar suporte e recuperar a continência urinária. Pode ser inserido por 2 técnicas: retropúbica e transobturadora. OBJETIVOS: O estudo objetivou analisar os métodos de tratamento cirúrgico da IUE, em termos de segurança e eficácia, comparando-se as novas técnicas de sling disponíveis com a padrão de uretra média. METODOLOGIA: Revisão de 10 artigos encontrados na base de dados PubMed, a partir dos descritores “Urinary Incontinence Stress”, “Suburethral Slings”, “Mid-urethral sling” e “Single-incision sling”, utilizando-se os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 5 anos, estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática, além de texto completo gratuito. Primariamente foram encontrados 25 artigos, dos quais 15 foram excluídos a partir da análise metodológica por não tratarem diretamente da temática, isto é, estudos com homens, não comparativos de técnicas ou que tratavam de métodos de acompanhamento da IUE. RESULTADOS:  Os estudos mostraram que o uso de mini-slings de incisão única para o tratamento da incontinência urinária de esforço em pacientes femininos não foi inferior ao tratamento padrão de slings de uretra média. A inserção de mini-slings de incisão única mostrou-se um método relativamente seguro, econômico, reprodutível, de fácil realização em pouco tempo cirúrgico e com excelente tolerabilidade do paciente, que apresenta dor mínima e retorno precoce ao trabalho, ademais esse método também mostrou-se eficaz em mulheres obesas, sem qualquer diferença com os tratamentos padrão, exceto por uma menor taxa de complicações no pós-operatório de mini-sling. Quanto ao método de inserção dos mini-slings, recomendam-se as técnicas Tissue Fixation System (TFS) ou o Adjustable Single-Incision Sling (Ajust) em relação ao Ophria, que deve ser minimizada, mesmo que esse sistema, junto com o Gallini, tenha mostrado eficácia, taxas de complicações e pontuações semelhantes em questionários de qualidade de vida. Por fim, em relação aos melhores procedimentos cirúrgicos, os dados sugerem que a Tension-free Vaginal Tape (TVT) e inside-out Tension-Free Vaginal Tape - Obturator (TVT-O) parecem ser as opções preferidas para pacientes que optam por slings sintéticos, enquanto para pacientes que procuram slings não sintéticos, o PuboVaginal Sling (PVS) pode representar a solução ideal de escolha. Ademais, os slings Contasure-Needleless (C-NDL), comparados com TOT/TVT-O, são associados a um tempo operatório mais curto e à incidência de complicações pós-operatórias menores e com menos dor. CONCLUSÃO: Infere-se que o tratamento com mini-slings é uma alternativa ao tratamento padrão de slings de uretra média, uma vez que é um método seguro, mostrando-se eficaz também em mulheres obesas. Salienta-se que a conduta para cada paciente deve ser individualizada, mas o método mini-slings pode ser considerado como abordagem terapêutica, equiparando-se ao padrão.

     

  • Palavras-chave
  • Incontinência Urinária de Esforço; Procedimentos Cirúrgicos Urológicos; Slings Suburetrais.
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