Introdução: No contexto brasileiro, a introdução da Cirurgia Robótica (CR) se deu em 2000 e está em expansão. Tal método apresenta inúmeras vantagens como, por exemplo, reduções da dor pós-operatória, do sangramento, da resposta inflamatória ao trauma, da morbidade transoperatória e do tempo de internação. No entanto, é importante ressaltar que os robôs na CR são controlados pelo cirurgião e, portanto, têm caráter de auxílio e não substituição da presença do cirurgião. Concomitante a isso, ressalta-se que os índices de morbidade materna em países em desenvolvimento, com o Brasil incluído, foram de 7,5%, correspondente a mais que o dobro do que em países desenvolvidos (3,0%). Diante disso, a cirurgia robótica não se mostra tão presente na realidade atual, porém, os dados já existentes ressaltam que sua implementação se revela promissora para a redução da morbidade materna no Brasil. Objetivos: Este estudo visa avaliar o grau de atuação da cirurgia robótica em gestantes no Brasil, compreender o impacto da cirurgia robótica na morbidade materna e analisar a redução da morbidade materna com o uso da cirurgia robótica em brasileiros. Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura, com base na plataforma PubMed, aplicando-se descritores como “Cirurgia Robótica”, “Gestantes” e “Taxa de Morbidade”. Ao fim da busca, foram separados 7 artigos publicados em inglês ou português entre 2011-2024, aplicando a ferramenta AMSTAR-2, a fim de analisar esse estudo no cenário atual que revelem o máximo de informações sobre a implementação da cirurgia robótica na morbidade materna. Resultados: A partir da análise dos artigos selecionados, mostrou-se que a cirurgia robótica em mulheres grávidas é viável e eficaz para o tratamento de complicações parto. O aspecto de ser minimamente invasiva torna a cirurgia mais segura no tratamento de pacientes em morbidade materna. A cirurgia assistida por robótica proporciona maior amplitude de movimento e maior destreza, facilitando o gerenciamento operatório e a capacidade de sutura. Em contrapartida, no Brasil, esse tipo de procedimento é escasso ?e, de acordo com o número de gestantes em morbidade materna, a implementação?? da cirurgia robótica atuaria na redução dessa quantidade de pacientes no Brasil, além de promover maior facilidade na resolução de problemas em mulheres grávidas. Portanto, é importante ressaltar que a cirurgia robótica está em constante evolução, impulsionado pelos avanços tecnológicos, para que sejam obtidos melhores resultados tanto na vida pós-operatória do paciente quanto na redução de riscos e complicações durante a cirurgia. Com essas inovações que surgem no âmbito da cirurgia, é crucial que haja um constante processo de aprendizado e adaptação dos profissionais de saúde, principalmente do cirurgião, para que haja uma integração a essas mudanças de forma eficaz. Conclusão: Dessa forma, vale ressaltar que esses avanços na cirurgia robótica têm alcançado o campo da cirurgia obstétrica, auxiliando na busca por técnicas mais seguras, eficazes e menos invasivas, com o fito de reduzir a morbidade materna e complicações intra e pós-operatórias tanto para a paciente quanto para o bebê. Apesar da expansão, a cirurgia robótica ainda não está totalmente presente na realidade dos hospitais públicos brasileiros.
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