PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE PESSOAS QUE REALIZARAM CITOPATOLOGIA DE COLO DE ÚTERO EM MANAUS, AMAZONAS, EM 2023

  • Autor
  • Lorena Melo de Jesus
  • Co-autores
  • Edson César dos Santos Seixas , Caio Matheus Alencar Zonta , Rayssa Lorena Silva , Luisa Joaquina Rocha Lima , Fabiana Mânica Martins , Raniele Alana Lima Alves , Rosana Pimentel Correia Moysés
  • Resumo
  • Introdução: O câncer de colo de útero, ao desconsiderar os tumores de pele não melanoma, é o terceiro tipo mais incidente entre mulheres no Brasil. O Amazonas é um dos Estados que apresenta os piores indicadores da doença, apresentando uma incidência de 40,18 por 100 mil habitantes. A citopatologia de colo de útero é um dos principais exames oferecidos pelo SUS para o rastreio da doença. Embora o rastreio para câncer em mulheres cis seja comum, a população de homens trans geralmente é negligenciada nas campanhas de saúde, apesar de serem mais propensos a desenvolver esse tipo de câncer. A inclusão dos homens trans nas estatísticas de câncer só começou em 2019, evidenciando a falta de atenção a esse grupo social.Objetivos: Traçar o perfil sociodemográfico de  pessoas (mulheres cis e homens trans) portadoras de câncer de colo de útero em Manaus, Amazonas, em 2023. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, de abordagem quantitativa, com dados secundários de bases públicas do Ministério da Saúde do Sistema de Informações do Câncer (colo do útero e mama)  referentes a cidade de Manaus, capital do Amazonas, em 2023.Foram analisadas de forma descritiva as variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça e laudo citopatológico. Este estudo não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, por ser de dados secundários de bases públicas. Resultados: Na base de dados SISCAN obteve-se um quantitativo de 136.819 citopatologias de colo de útero realizadas no ano de 2023, dentre as quais 328 (0,24%) foram realizadas em pacientes homens e 136.491 (99,76%) em pacientes mulheres. Em se tratando de cor/raça e do sexo masculino, 17 pacientes eram brancos, 3 pacientes eram pretos, 277 pacientes se autodeclararam amarelos, 27 pacientes eram pardos, 1 paciente era indígena e 3 pacientes não se autodeclararam. Em se tratando de cor/raça e do sexo feminino, 11.104 eram brancas, 1.428 eram pretas, 104.337 eram amarelas, 17.777 eram pardas, 1.049 eram indígenas e 796 não se autodeclararam. Em se tratando de faixa etária e do sexo masculino, tem-se que a idade dos homens que fizeram exame citopatológico do colo do útero concentra-se entre 30 a 49 anos. Já para as mulheres, a idade é um pouco menor, começa a partir dos 25 anos, alcançando também os 49. Por fim, das 328 citopatologias realizadas em homens, 305 demonstraram resultado negativo, o que corresponde a 92,99% das citopatologias do público masculino. Já das 136.491 citopatologias realizadas em mulheres, 129.636 apontaram resultado negativo, 94,98% das citopatologias do público feminino. Conclusão: O estudo destaca a importância da inclusão de homens trans nas estatísticas de câncer de colo de útero, mostrando que eles possuem, em sua maioria, a etnia amarela, como as mulheres cis, além disso, realizam o exame na faixa etária de 30 a 49 anos, com resultados frequentemente normais, como a maioria das mulheres cis. Isso ressalta a necessidade de campanhas de saúde mais inclusivas para garantir prevenção e tratamento equitativos.

  • Palavras-chave
  • Citopatologia, Câncer de colo de útero, Homens-Trans, SISCAN.
  • Modalidade
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  • Epidemiologia e estatística
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