Introdução: As infecções maternas em gravidezes de alto risco representam uma área de preocupação significativa na saúde materno-infantil. Essas infecções podem ter consequências adversas tanto para a mãe quanto para o feto, incluindo complicações graves como aborto espontâneo, parto prematuro, malformações congênitas e até mesmo mortalidade materna e neonatal. A interação entre fatores genéticos e ambientais também desempenha um papel fundamental nesse contexto. Compreender o impacto dessas infecções e desenvolver estratégias eficazes de intervenção são aspectos cruciais para melhorar os desfechos perinatais e reduzir a morbidade e mortalidade relacionadas a esse cenário em populações vulneráveis. Objetivo Principal: Elucidar o impacto das infecções maternas em gravidezes de alto risco, bem como descrever as principais causas e complicações que podem surgir. Além disso, espera-se discutir a importância de prevenir tais infecções e estratégias a serem adotadas visando a redução de possíveis impactos negativos. Materiais e Métodos: Para esta revisão integrativa, foram utilizados três bancos de dados principais: PubMed/MEDLINE, Cochrane e Lilacs. Nesse sentido, a estratégia de busca envolveu a combinação dos seguintes descritores para a busca: "Maternal Infections", "High-risk Pregnancy", "Pregnancy Complications Parasitic" e "Pregnancy Complications". Sob essa perspectiva, os critérios de inclusão para seleção dos estudos foram: publicações dos últimos 5 anos, disponibilidade do texto completo gratuitamente e artigos em inglês, português ou espanhol. Por outro lado, os critérios de exclusão foram artigos de Revisão e aqueles que não abordavam a temática da pesquisa. Resultados e Discussão: Encontrou-se inicialmente 47 resultados para os descritores nos bancos de dados, sendo que cinco foram selecionados para compor a revisão após leitura do texto completo. Infecções podem levar à consequências para a saúde já fragilizada da gestante, e em alguns casos, do feto. A malária pode aumentar o risco de mortalidade materna e de baixo peso ao nascer, contudo, realizando-se a parasitemia durante a gravidez, é possível um controle adequado da relação densidade e frequência dos parasitas na placenta materna. Já infecções intestinais, que são cinco vezes mais suscetíveis em mulheres grávidas estão relacionadas com o agravo da anemia na gravidez, devido ao furto de sangue pelo parasita, levando a uma deficiência de ferro e contribuindo para um comprometimento do desenvolvimento do feto a nível intrauterino, além de contribuir para a morbimortalidade materna. Infecções como toxoplasmose, HIV e sífilis podem ser transmitidas por via transplacentária, e por isso devem ser identificadas durante o pré-natal. Em um dos estudos, foi constatado que as infecções maternas por transmissão vertical do vírus da imunodeficiência humana, mesmo que presente consegue fornecer para a mãe, a depender da carga viral determinada no terceiro trimestre, um parto normal com chance de transmissão de apenas 2%, que anteriormente era de 25,5%, reforçando a importância de um pré-natal. Conclusão: Compreender os impactos das infecções maternas em gestações de alto risco é essencial para a saúde materno-infantil. O estudo amplia o entendimento das complexas respostas imunológicas às infecções parasitárias durante a gravidez, orientando estratégias terapêuticas, para reduzir os impactos negativos das infecções e melhorar os resultados perinatais.
Comissão Organizadora
ASSAGO
Comissão Científica
Sigrid Maria Loureiro de Queiroz Cardoso
Patricia Brito
Claudia Soeiro
Carlos Henrique
Anderson Gonçalves
Hilka Espírito Santo
assago2017@gmail.com
JORNADA AMAZONENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2023