Introdução: Os distúrbios do assoalho pélvico que incluem vários distúrbios como incontinência urinária e anal, prolapso de órgãos pélvicos e distúrbios sexuais, são comuns entre as mulheres, tanto que afetam um quinto das mulheres adultas.Isso representa aproximadamente 10% dos 3 milhões de mulheres que dão à luz por via vaginal todos os anos, sendo o parto vaginal o maior fator de risco modificável para o prolapso. Esses transtornos causam sofrimento ao físico ginecológico e à autoestima. Desse modo, é fundamental combinar estratégias e técnicas na busca de prevenir e de tratar a disfunção músculo esquelética pélvica. Objetivos: Analisar os tratamentos de prolapso anal e disfunções do assoalho pélvico feminino. Metodologia: Trata-se de uma revisão multidisciplinar que se baseou na coleta de artigos primários na plataforma PubMed em diversas áreas da saúde sobre o manejo integrado do prolapso anal e das disfunções do assoalho pélvico em mulheres. Os descritores usados foram as palavras chaves “prolapse anal”, ‘’pelvic foot dysfunction’’, “woman”, sendo os operadores o ´´AND´´ e ´´OR``. Utilizou-se como critério de inclusão os artigos que abordam o objetivo deste resumo. Resultados: Dentre o grupo populacional mais suscetível a apresentar prolapso anal e disfunção do assoalho pelvico, estão as mulheres com fibromialgia. Sendo assim, possuem 2,6 a 2,9 vezes mais probabilidade de relatar incontinência urinária mista, incontinência anal e flatos do que mulheres saudáveis. Para isso, são necessárias técnicas e aparatos que melhorem os cuidados dessas pacientes. O uso de slings de uretra média é o principal tratamento da incontinência urinária. Nesse contexto, a estimulação magnética pulsada, ondas de choque extracorpórea de baixa intensidade, fita vaginal de livre tensão e a diatermia por radiofrequência não invasiva também são outros exemplos de manejos. Ademais, a avaliação urodinâmica é o tipo de avaliação do trato urinário inferior mais recomendado para avaliar de forma funcional mulheres com características da incontinência urinária. A ultrassonografia transperineal é capaz de analisar, por meio da imagem, defeitos no músculo esfíncter anal. Além desse exame de imagem, a cistocolpoproctografia fluoroscópica e a defecografia por RM também são indicados. A cirurgia é o recomendado em caso de prolapso de órgão pélvico. No que tange ao diagnóstico e tratamento na prática clínica pela avaliação eletromiográfica dos músculos do assoalho pélvico, a sonda de matriz múltipla Leiden (MAPLe) mostrou-se confiável para registrar a atividade muscular. Sendo assim, um dispositivo promissor para um cuidado avançado nos casos de disfunção do assoalho pélvico. Já sobre distúrbios musculares do assoalho pélvico, está bastante associada com o parto vaginal brusco, exigindo acompanhamento durante o pré-natal de fortalecimento da região, e durante o parto, é necessário massagens e compressas perineais, e fazer cuidadosamente, com fito de evitar a lesão dos músculos locais. Conclusão: Em síntese, a revisão abordou estratégias integradas para o manejo do prolapso anal e disfunções do assoalho pélvico em mulheres, destacando a associação com condições como fibromialgia. Tratamentos variados, incluindo cirurgia e técnicas não invasivas, foram discutidos, ressaltando a importância da avaliação funcional e do acompanhamento pré e pós-parto para prevenir e tratar distúrbios musculares.
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