A Influência dos Hormônios Sexuais no Risco e Progressão do Câncer Ginecológico: uma revisão integrativa de literatura

  • Autor
  • Luiza Azevedo Silva
  • Co-autores
  • Hanna Dutra Barros , Bianca de Oliveira Holanda , Lynda Beckman do Carmo , Geovana Oliveira Barbosa
  • Resumo
  • Progesterona e estrogênio são hormônios essenciais para o estabelecimento e a regulação do ciclo menstrual, além de atuarem no período gestacional, Entretanto, o seu desequilíbrio pode gerar comprometimento de seus complexos mecanismos regulatórios. Enfermidades ginecológicas são frequentemente associadas com a desregulação desses hormônios esteroidais, gerando dor pélvica crônica, dismenorreia, sangramento intenso e até infertilidade, impactando na qualidade de vida da mulher. Um dos sinais que pode indicar o câncer ginecológico é o sangramento uterino anormal, reflexo do desequilíbrio hormonal, apesar deste ser relacionado a outras etiologias. Dessa forma, esse estudo visa colaborar com a discussão dessa problemática de saúde pública. Ademais, objetiva-se nnalisar a influência dos hormônios sexuais femininos no aumento do risco de desenvolvimento de câncer ginecológico, bem como debater acerca da temática. Além disso, busca-se expor a atuação desses hormônios na progressão desse tipo de câncer, visando garantir maior discussão voltada a esse tema. Quanto aos métodos, trata-se de uma revisão integrativa de literatura que visou analisar descritivamente o que estava disponível no PubMed e SciElo sobre a temática. Foram utilizados os descritores “Genital Neoplasms” e “Hormones” alternados pelo operador booleano AND. A pesquisa foi realizada em abril de 2024 considerando os últimos 10 anos. Obteve-se 5.361 resultados, dos quais foram incluídos 6, pois apresentavam a influência de hormônios sexuais no risco e progressão de câncer de mama, e os outros foram excluídos pois não atendiam a esses critérios de inclusão. Para maior confiabilidade das evidências científicas utilizadas, foi utilizado o sistema GRADE para avaliar os artigos, além da ferramenta AMSTAR-2 com posterior tabelamento através de uma planilha realizada no Microsoft Excel. Os estudos refletem a complexidade das afecções ginecológicas, resultantes de desequilíbrios hormonais, e seu impacto na qualidade de vida, evidenciado por sintomas como dores pélvicas, dismenorreia e infertilidade. As transformações endometriais, influenciadas pelos ciclos menstruais e processos inflamatórios, tornam os tratamentos complexos. Compreender esses mecanismos é essencial para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas eficazes, sobretudo para pacientes preocupadas com a fertilidade. Estudos sobre o Hormônio anti-Mulleriano destaca sua participação na regulação genética e na predição da função ovariana após quimioterapia, com repercussões significativas no tratamento e prognóstico do câncer de mama. Revisões sistemáticas sobre o câncer mamário em homens cis e trans FtM submetidos à reposição de testosterona insinuam uma possível correlação. Portanto, é crucial promover estudos e investigações mais aprofundadas para compreender melhor essa questão. Portanto, foi demonstrado que há influência dos hormônios sexuais femininos no aumento do risco de desenvolver, predisposição e progressão do câncer ginecológico e também a necessidade de se debater esse tema, na medicina baseada em evidências, sendo necessário aprofundamento de discussões sobre a temática.

  • Palavras-chave
  • Câncer Ginecológico, Hormônios Sexuais, Saúde Feminina
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Oncologia ginecológica
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