Introdução: Pré-eclâmpsia classifica-se como uma descompensação do quadro pressórico durante a gestação, sendo uma das principais causas de mortalidade materna e perinatal mundialmente, acometendo 3 a 10% das gestações (GOMES, Tayná Bernardino. 2020). Pacientes acometidas podem desenvolver complicações graves como doenças cardiovasculares pós-parto de longo prazo, como a insuficiência cardíaca (ANDRINO, Wallace. 2021).Objetivos: Análise clínica de caso relacionado à pre-eclâmpsia moderada em paciente portadora de hipertensão crônica associada à insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida após quadro viral. Métodos: Relato de Caso. Resultados: Após a admissão hospitalar, a paciente apresentou múltiplos episódios de taquicardia e instabilidade pressórica, levando à decisão da resolução da gestação por via alta. Após a realização da cesárea, a paciente foi mantida em na utilização de noradrenalina a 1ml/h e milrinona, além de receber enoxaparina profilática. Esta abordagem resultou na reversão do quadro de disfunção cardíaca; ocasionando a elevação da fração de ejeção de 26% para 63%, juntamente com a estabilização da hipertensão pulmonar. Não foram observadas alterações na função sistólica e diastólica de ambos os ventrículos. O parto cesáreo do recém-nascido prematuro (29 semanas) transcorreu sem intercorrências materno-fetais. Posteriormente, a paciente foi mantida em regime medicamentoso composto por carvedilol 25mg/dia, espironolactona 25mg/dia, furosemida 40mg/dia, enalapril 20mg/dia, dapaglifozina 10mg/dia e anlodipino 10mg/dia. Conclusão: Ao concluir este estudo, torna-se evidente que a gravidez em pacientes com HAS e/ou pré eclampsia apresenta desafios significativos, requerendo uma abordagem cuidadosa e multidisciplinar para garantir resultados maternos e neonatais favoráveis. A gestão eficaz da pressão arterial durante a gravidez é crucial para mitigar complicações, destacando a importância de estratégias de monitoramento e intervenção precoce para melhorar os resultados obstétricos e perinatais em mulheres com HAS. Em segundo plano nota-se que novas pesquisas são essenciais para melhorar os métodos de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, visando reduzir suas complicações e impacto na saúde materna e fetal.
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