AVANÇOS TERAPÊUTICOS NA SÍNDROME GENITURINÁRIA DA MENOPAUSA: DA TERAPIA HORMONAL TRADICIONAL À INOVAÇÃO COM LASER E RADIOFREQUÊNCIA.
ANTONIO; Luis1, SCHIMTT; Giovanna2 , VANDORA; Marvilla3
RESUMO
Introdução: A síndrome geniturinária da menopausa (SGM), é definida como um conjunto de sinais e sintomas resultantes da deficiência de estrogênio no trato geniturinário feminino, incluindo a vagina, lábios, uretra e bexiga. Essa síndrome inclui sintomas genitais; ressecamento, queimação e irritação, sintomas urinários; condições de disúria, noctúria, urgência e infecções do trato urinário (ITUs) recorrentes e manifestações sexuais de dispareunia. Essas queixas estão diretamente relacionados à redução dos níveis circulantes de estrogênio após a menopausa. As terapias iniciais são os lubrificantes, hidratantes, tratamentos hormonais também podem ser utilizados, como: estrogênio tópico, que auxilia no restabelecimento do trofismo vulvovaginal. Atualmente recentes estudos indicam o uso do laser fracionado ou não ablativo, especialmente quando comparados ao placebo, ademais outra energia eletromagnética que também tem sido estudada para o tratamento da SGM é a radiofrequência com efeito não ablativo. Objetivos: Realizar uma revisão bibliográfica abrangente para sintetizar as evidências disponíveis sobre terapias hormonais e terapias não hormonais no tratamento da SGM. Métodos: Este estudo adotou uma abordagem descritiva e retrospectiva, utilizando dados obtidos por meio de revisão literária de artigos e estudos atuais relacionados a SGM. Foram consideradas publicações dos últimos cinco anos como critérios de inclusão, englobando estudos clínicos, metanálises e revisões sistemáticas. A seleção final incluiu estudos que abordavam a síndrome geniturinária e os métodos terapêuticos utilizados para seu tratamento.Resultados: A síndrome geniturinária da menopausa é uma condição que afeta mulheres na pós-menopausa causando diversos sintomas. As terapias iniciais de primeira linha para alívio dos sintomas leves a moderados da SGM incluem terapias não hormonais com uso de lubrificantes, hidratantes vaginais, tais métodos podem melhorar o desconforto vaginal e o prazer sexual, mas não têm a capacidade de reverter as alterações atróficas da mucosa vaginal. Atualmente tratamentos hormonais também são amplamente utilizados, pois favorecem o restabelecimento do trofismo vulvovaginal, tal método, quando comparado com placebo, reduziu significativamente a urgência urinária, noctúria e a incontinência urinária, outrossim, artigos recentes destacam o uso potencial de laser no tratamento da SGM, os dois tipos de laser mais bem avaliados são o laser CO 2 e o laser Erbium:YAG, comprovados por estudos que demonstram o aumento significativo do escore VHI e uma redução na dispareunia, ressecamento e ardência, ressalta-se também o uso da radiofrequência como uma alternativa não invasiva para o tratamento dos sintomas da SGM, sendo um tratamento eficaz, seguro e indolor. Conclusão: Uma variedade de terapias está disponível para tratar os sintomas da síndrome geniturinária. Enquanto lubrificantes e hidratantes são comumente recomendados para sintomas leves, a terapia estrogênica vaginal é preferida para sintomas moderados a graves, sendo respaldada por evidências sólidas. Tratamentos avançados, como laser vaginal e radiofrequência, demonstraram eficácia e segurança sob a supervisão de profissionais qualificados, embora aspectos adicionais ainda necessitem de esclarecimento.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome Geniturinária da Menopausa, Avanços Terapêuticos, Terapia.
1 UNIVERSIDADE NILTON LINS, luis.antonio.barbosa.neto@gmail.com
2 UNIVERSIDADE NILTON LINS, giovanna.schmitt.9104@gmail.com
3 UNIVERSIDADE NILTON LINS, vandorabtr@gmail.com
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ASSAGO
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