Principais causas de mortalidade materna no estado do Amazonas: uma análise de 2018 a 2022.

  • Autor
  • Luíza Tereza da Silva Lisboa
  • Co-autores
  • Renata Sofia de Morais Pereira , Bárbara Corrêa Garcia Simões , Ronaldo Mendes Oliveira , Paulo Guilherme Mattos Edwards , João Rafael Pereira da Silva Dixo Lopes , Léo Heric Caxias Gomes , Carine Wendling Cordeiro , Patrícia Leite Brito
  • Resumo
  • Mortalidade materna é definida como morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gravidez, devida a qualquer causa relacionada com ou agravada pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais pela Organização Mundial de Saúde. No âmbito nacional, estudos analisaram que no período de 2015 a 2019 foram registrados 324.792 óbitos maternos demonstrando que mortes obstétricas são um problema de saúde pública. O presente estudo tem como objetivo identificar as principais causas de mortalidade materna no estado do Amazonas entre os anos de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo observacional, quantitativo e ecológico, cuja coleta foi realizada por meio de dados secundários extraídos do Observatório Obstétrico Brasileiro. Foram considerados os números referentes a mortes obstétricas ocorridas entre janeiro de 2018 a dezembro de 2023 no Amazonas e as variáveis consideradas foram o de óbitos maternos oficiais, divididos por tipo de morte materna (direta e indireta) e capítulo CID10. Ao todo, foram registradas 383 mortes maternas, com o ano de 2021 o período do estudo mais afetado, 122 mortes. Além disso, como principais causas de mortalidade materna direta estão a eclâmpsia (n: 41), hemorragia pós-parto (n: 27)  e hipertensão gestacional (n: 24), ocupando juntas dessa forma 24% das causas de mortalidade materna. Outrossim, as causas diretas (n: 233) ocupam 60%, enquanto as causas indiretas (n: 150) estão em 40% como causas da mortalidade materna. Entretanto, em 2021 foi o único ano analisado em que as mortes por causas indiretas (n: 75) ultrapassaram causas diretas (n: 47), o que pode ser relacionado ao contexto da pandemia por SARS-CoV-2. Diante deste estudo, identificou-se que causas diretas como eclâmpsia, hemorragia pós-parto e hipertensão gestacional se destacam como principais motivos de mortes maternas no estado do Amazonas. Dessa forma, a importância do pré-natal em prevenir e/ou minimizar consequências críticas à saúde da gestante mediante acompanhamento e solução prévia de alterações de risco é essencial na redução da mortalidade materna evitável, assim como também a assistência adequada ao parto e a prevenção de gravidez indesejada. 

  • Palavras-chave
  • Gestantes; Mortalidade Materna; Saúde Pública
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Obstetrícia
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