Microbioma vaginal e susceptibilidade às infecções sexualmente transmissíveis, sua implicação na prevenção e no tratamento: Uma revisão integrativa.

  • Autor
  • João Marcos Flores Cid Souto
  • Co-autores
  • Sigrid Maria Loureiro de Queiroz Cardoso , Francisco Cruz Guttemberg Filho , Victor do Valle Guttemberg , André Lúcio Alves Maia , Marco Antônio Melo Alencar , André Luiz Pinto Mestrinho Pereira , Carlota Assayag Mendes , Luís Felipe Martins Luzio , Francisco Matheus Flores Cid Souto
  • Resumo
  •  

    Introdução: O microbioma vaginal refere-se à comunidade de microrganismos, incluindo bactérias, fungos e vírus, que residem naturalmente no trato vaginal de uma mulher. Esses microrganismos desempenham um papel crucial na manutenção da saúde vaginal, ajudando a prevenir o crescimento de patógenos prejudiciais, mantendo o equilíbrio do pH e apoiando o sistema imunológico local. Um microbioma vaginal saudável está associado a uma menor incidência de infecções, como vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Esse ambiente é dominado por Lactobacilos, que produzem ácido láctico e outros compostos antimicrobianos, criando um ambiente hostil para patógenos causadores de ISTs. Desequilíbrios nesse microbioma, como a vaginose bacteriana, podem aumentar a suscetibilidade a infecções por HIV, gonorreia, clamídia e outros agentes. Compreender a relação entre o microbioma vaginal e as ISTs abre novas perspectivas para a prevenção e o tratamento. Intervenções que visam modular o microbioma, como o uso de probióticos ou prebióticos, podem ser promissoras para reduzir o risco de aquisição de ISTs e melhorar a saúde reprodutiva feminina. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre a prevenção e tratamento do desequilíbrio do microbioma vaginal e sua relação com a susceptibilidade para infecções sexualmente transmissíveis e atualizar a literatura sobre a temática com as evidências mais recentes. Métodos: Este estudo é uma revisão integrativa da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando como base de dados o PubMed, LILACS, SciELO e o MEDLINE. Esse resumo foi desenvolvido com base em uma Revisão Integrativa, visando a síntese dos resultados obtidos nas pesquisas de maneira abrangente e ordenada. Como critério de seleção, a busca foi limitada a artigos publicados entre os anos de 2018 a 2024, utilizando somente aqueles publicados nos idiomas português e inglês. Os descritores “Microbioma vaginal”, “Infecções Sexualmente Transmissíveis”, “Prevenção” e “Tratamento" foram aplicados em conjunto com o operador booleano "AND", o que resultou em uma amostra de 76 artigos, dos quais 60 foram filtrados com base nos critérios de elegibilidade e disponíveis na íntegra, sendo excluídos trabalhos duplicados, relatos de caso, não escritos nas línguas selecionadas e monografias. Resultados e conclusão: Após a revisão da literatura, foi possível identificar as estratégias mais eficazes para abordar a susceptibilidade às infecções sexualmente transmissíveis por desequilíbrio do microbioma vaginal. Para prevenir e tratar do desequilíbrio é importante manter ambientes vaginais livres de inflamação e dominados por lactobacilos. A produção de ácidos orgânicos pelos lactobacilos mantém o pH vaginal menor ou igual a 4,5 criando um ambiente inóspito que inibe o crescimento de patógenos causadores de ISTs. Outro ponto de ênfase dos artigos foi atentar-se ao uso de antibióticos que eliminam bactérias benéficas, permitindo o crescimento de patógenos, prática de ducha vaginal que perturbam o equilíbrio natural do microbioma e aumenta o risco de DSTs, ter múltiplos parceiros sexuais visto que a microbiota do parceiro pode influenciar a composição do microbioma vaginal e por fim, consumir probióticos e iogurte natural com lactobacilos.

     

  • Palavras-chave
  • Infecções Sexualmente Transmissíveis; Microbioma vaginal; Prevenção; Tratamento.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Doenças sexualmente transmissíveis
Voltar
  • Atenção primária
  • Ciência básica e translacional
  • Cirurgia ginecológica e uroginecologia
  • Contracepção
  • Doenças do trato genital inferior
  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Endocrinologia ginecológica
  • Endoscopia ginecológica
  • Ensino e Treinamento
  • Epidemiologia e estatística
  • Ética
  • Fisiologia do Sistema Reprodutor Feminino
  • Ginecologia geral
  • Ginecologia pediátrica e do adolescente
  • Gravidez de alto risco
  • Imagem
  • Mastologia
  • Medicina fetal
  • Multidisciplinaridade
  • Obstetrícia
  • Oncologia ginecológica
  • Qualidade de Vida
  • Reprodução humana
  • Sexualidade

Comissão Organizadora

ASSAGO

Comissão Científica

Sigrid Maria Loureiro de Queiroz Cardoso
Patricia Brito
Claudia Soeiro
Carlos Henrique
Anderson Gonçalves
Hilka Espírito Santo

assago2017@gmail.com

JORNADA AMAZONENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2023