Os leiomiomas, também conhecidos como fibromas uterinos, são tumores benignos com alta incidência na população feminina. Embora sejam geralmente benignos, esses tumores podem afetar consideravelmente a qualidade de vida das mulheres em idade reprodutiva. A origem e os fatores influenciadores dos leiomiomas ainda são objeto de estudo, envolvendo aspectos hormonais, genéticos e ambientais. Os leiomiomas são comumente assintomáticos, sendo descobertos incidentalmente em exames de rotina. Quando sintomáticos, podem causar dor pélvica, menorragia e outros desconfortos. O tratamento dos leiomiomas varia conforme o tamanho, localização, sintomas e desejo reprodutivo da paciente, podendo incluir abordagens conservadoras ou cirúrgicas. O tratamento adequado dos leiomiomas não só alivia os sintomas, mas também pode prevenir complicações como infertilidade e problemas obstétricos, contribuindo para a saúde reprodutiva e bem estar das mulheres. Analisar o perfil epidemiológico do Leiomioma Uterino no Brasil de 2019 a 2023. Trata-se de uma pesquisa de natureza ecológica e quantitativa, conduzida utilizando dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) por meio da plataforma disponibilizada pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O estudo foi realizado no período compreendido entre janeiro de 2019 a dezembro de 2023, visando analisar as internações de mulheres com idade superior a 15 anos diagnosticadas com leiomioma uterino em todo o território brasileiro. As variáveis investigadas incluíram o código CID-10 para leiomioma uterino, a unidade federativa (UF) de internação, faixa etária, autodeclaração de cor/raça e ocorrência de óbitos durante a internação. Nos últimos cinco anos, ocorreram 348.393 internações devido à leiomioma uterino no Brasil, com a região Nordeste apresentando a maior prevalência (141.135 casos), seguida pelo Sudeste (114.135 casos) e pelo Norte (34.616 casos). No Nordeste, os estados mais afetados pelo leiomioma uterino foram Bahia e Maranhão, com 51.360 e 20.677 casos, respectivamente. Este estudo analisou pacientes com idade superior a 15 anos, sendo o grupo entre 45 e 49 anos o mais acometido, totalizando 103.292 internações, seguido pelo grupo de 40 a 44 anos, com 97.060 e pelo grupo de 35 a 39 anos, com 50.058 casos. Quanto à cor/raça, a cor parda registrou o maior número de internações, com 223.116 casos, seguida pela cor branca, com 90.442. Este estudo epidemiológico sobre o leiomioma uterino nas regiões brasileiras de 2019 a 2023 revela uma alta incidência desse tumor benigno, especialmente no Nordeste do Brasil. Mulheres entre 45 e 49 anos são mais afetadas, assim como indivíduos de cor parda. Embora muitas vezes assintomático, o leiomioma pode causar desconforto e impactar a qualidade de vida. Portanto, estudos científicos, medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento personalizado são cruciais para melhorar a saúde reprodutiva e o bem-estar das mulheres brasileiras.
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