Avaliar o número de casos de mulheres com resultado em Colpocitologia Oncótica de lesão de alto grau abaixo de 25 anos nos estados pertencentes à região amazônica brasileira, entre 2014 a 2023.Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e observacional, de caráter quantitativo, de uma série histórica de 10 anos (2014-2023), baseado em dados provenientes do Portal de informações do DATASUS\SISNAN dos estados da Região Amazônica brasileira. Os resultados foram transferidos para uma planilha do Programa Excell e desenvolvidos gráficos e tabelas. As variáveis estudadas foram: número de casos total por estados, número de casos por ano, faixa etária no diagnóstico, e comparativo com incidência no Brasil. Conforme a resolução 510\2016 e nos termos da Lei 12.527\2011, o trabalho não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), por ser realizado com dados secundários do SUS. Durante o período estudado o número total de casos nos estados pertencentes a região amazônica foram de 2170, com distribuição por estado da seguinte forma: Pará 543 (25%), Mato Grosso 371 (17%), Maranhão 277 (12.7%), Tocantins 269 (12.3%), Rondônia 210 (9.6%); Roraima 170 (7.8%) Amazonas 167 (7.6%), Acre 129 (5,9%), e Amapá 34 (1,5%). O maior número de casos foi encontrado no ano de 2019 mas sem diferenças significativas aos anos anteriores estudados, com exceção do ano de 2020 onde teve uma queda importante, provavelmente em decorrência da baixa procura da realização do exame em decorrência da pandemia do COVID 19. De acordo com a faixa etária, a maior incidência foi entre 20 a 24 anos 1735 (79.9%) mas com surgimento também em paciente entre 15 a 19 anos 418 (19.2%). Em comparação ao total de casos notificados no Brasil (15772), observar-se que os pertencentes à Amazônia brasileira ocupam 13.7% e o estado com maior quantificação foi o Paraná com 1999 (12.6%). Fato que chama atenção, provavelmente uma subnotificação ou pouco alcance populacional dos estados estudados. Os dados da pesquisa remetem uma reflexão a respeito da cobertura ideal da triagem na Amazônia realizada em mulheres abaixo da idade de rastreio. Sabemos que a diretriz nacional propõe um rastreio de base populacional, porém há uma preocupação quando se considera particularidades da região norte, e onde mulheres jovens com lesões precursoras podem evoluir sem abordagem adequada e oportuna, algumas vezes sem conseguir chegar a um centro de saúde referenciado nas capitais.
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ASSAGO
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JORNADA AMAZONENSE DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA 2023