Perfil dos diagnósticos de Câncer de colo de útero da região Norte do Brasil de 2019 a 2023: um comparativo nacional

  • Autor
  • Carlos Germano Pinheiro Rocha
  • Co-autores
  • Janaina de Oliveira e Castro , Ruben Costa Santos Neto , Maria Antônia Costa Cruz Akabane , Marcelle Rodrigues Carneiro de Souza Reis , Juliana Vianna Gonzalez Pazos
  • Resumo
  • Introdução: A prevenção e o diagnóstico precoce têm resultado em taxas de cura de até 100% para o câncer de colo uterino. No Brasil, este câncer é o terceiro mais comum entre as mulheres, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e apresenta uma das maiores taxas de mortalidade global, ultrapassando 4 óbitos por cada 100 mil habitantes. A infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento desta neoplasia, e a vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente pelo sistema público de saúde, juntamente com programas de rastreamento amplamente implementados. Assim, é pertinente investigar as razões pelas quais ainda persistem casos da doença. Compreender a epidemiologia subjacente pode direcionar políticas públicas voltadas para o investimento na prevenção primária do câncer de colo uterino. Objetivos: Discutir e investigar a epidemiologia do  câncer de colo de útero na região Norte do Brasil entre os anos de 2019 a 2023, visando compreender o perfil da população mais acometida pela doença e os fatores associados. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, acerca dos casos por diagnóstico do câncer de colo de útero no Brasil, nos anos de 2019 a 2023, a partir da coleta de dados no Painel de Oncologia do DATASUS. As variáveis analisadas foram região do diagnóstico, faixa etária e estadiamento no momento do diagnóstico. Para este estudo, serão utilizadas estatísticas descritivas com frequência dos diagnósticos e uso da taxa de diagnóstico de câncer de colo de útero/ano, a taxa foi calculada utilizando-se o número de diagnósticos por câncer de colo de útero em cada região, a cada ano, pelo número total de diagnósticos oncológicos no mesmo período de tempo * 1000. Para a análise e processamento dos dados, foi utilizado o software Microsoft Excel. Resultados: Durante os anos de 2019 a 2023, o Brasil registrou uma diminuição nos casos de tal Câncer, sendo 1.661.372 casos em 2019, em contraponto a 369.664 em 2023. Mesmo decrescendo, ao analisar a região Norte, o cenário torna-se preocupante tendo em vista que a taxa de Câncer de colo de útero a cada 1000 casos passou de 130,10, em 2019, para 106,42, em 2023, diferentemente do restante do País, considerando que no mesmo recorte temporal houve uma diminuição de 58,45 para 54,26. Ademais, em números absolutos, na região Norte, a faixa etária de 40 a 44 anos correspondeu a 15,36% do total de casos dessa região entre os anos de 2019 a 2023, seguido por 13,35% de 35 a 39 anos e 13,21% de 50 a 54 anos. Conclusão: Assim, mesmo diminuindo o número de casos no Norte, nota-se discrepância relativa às outras regiões. Os dados ressaltam a necessidade contínua de conscientização, prevenção e acesso aos serviços de saúde para enfrentar esse desafio de saúde pública. A compreensão aprofundada dos padrões epidemiológicos pode orientar políticas e estratégias de saúde mais eficazes, direcionadas à redução da incidência e à melhoria dos desfechos do tratamento. Todavia, urge manter atualizações das notificações e das vigilâncias epidemiológicas para monitorar tendências e implementar intervenções oportunas.

  • Palavras-chave
  • Câncer de colo de útero; Epidemiologia; Prevenção; Saúde Pública.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Oncologia ginecológica
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