Uso da articaína para bloqueio regional do nervo alveolar inferior

  • Autor
  • Zayra Fernanda de Moura Sousa
  • Co-autores
  • Lara Macário Leão de Castro , Ana Maria Andrade Araújo
  • Resumo
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    O controle da dor na Odontologia é alcançado através dos anestésicos locais. A articaína foi introduzida na pratica clínica na Alemanha em 1976, no Brasil por volta dos anos 2000. A articaína é classificada como uma amida, que contém um anel de tiofeno e não de benzeno, fato incomum em outros anestésicos do tipo amida. O componente tiofeno aumenta sua lipossolubilidade, o que permite uma penetração mais eficaz nos tecidos. Outra diferença molecular entre a articaína e os demais anestésicos locais do tipo amida é uma ligação extra tipo éster incorporada em sua molécula. Isto resulta na hidrólise da articaína pelas esterases plasmáticas. Sua hepatotoxicidade é diminuída por este motivo, tendo em vista que cerca de 90% de sua composição é metabolizada no sangue, enquanto 10% são metabolizados no fígado.

    Para cirurgias de terceiros molares, o bloqueio do nervo alveolar inferior é a técnica mais utilizada. A técnica consiste na injeção de um AL próximo ao forame mandibular, adquirindo o controle da dor.  Ainda que sejam bem documentados na literatura a segurança do uso do anestésico locais, alguns danos tem sido relatados como diplopia, trismo, reações alérgicas, entre outros. Alguns estudos indicam que o uso da articaína deve ser evitada no bloqueio do nervo alveolar inferior, toda via, não há comprovações sólidas suficientes que mostre relação entre os AL e as lesões nervosas. Acredita-se, que as parestesias já encontradas seja pela técnica anestésica e não a solução anestésica empregada. Neste contexto, o uso da articaína torna-se atraente devido sua capacidade aumentada de difusão pela membrana nervosa. Este fato permite que se alcance anestesia pulpar satisfatória na realização de infiltrações bucais, inclusive na região mandibular posterior.  

     

  • Palavras-chave
  • Articaína; Bloqueio do nervo alveolar inferior; Anestesia; Toxicidade
  • Área Temática
  • Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Faciais
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