Atuação das Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Nordeste brasileiro: evidências do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq

Atuação das Instituições de Ensino Superior para o desenvolvimento de cidades inteligentes no Nordeste brasileiro: evidências do Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq

• Autor
• Larissa Layerr Oliveira de Medeiros e Lima
• Resumo

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  Este artigo mapeia e analisa as iniciativas das Instituições de Ensino Superior (IES) do Nordeste brasileiro no desenvolvimento de cidades inteligentes. A pesquisa parte da premissa de que as IES desempenham um papel crucial na catalisação de inovações tecnológicas e sociais, essenciais para a criação de ambientes urbanos inteligentes, especialmente em regiões com desafios específicos, como o semiárido. O estudo utiliza o Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq como base de dados para identificar e categorizar os grupos que atuam nessa área, considerando fatores como a distribuição geográfica e institucional, área de predominância, linhas de pesquisa e alocação de recursos humanos. A metodologia adotada inclui uma análise quantitativa dos dados coletados, com a aplicação de critérios de classificação que possibilitam um mapeamento detalhado das iniciativas em curso. Ao todo, foram analisados 36 grupos de pesquisa distribuídos por diversas IES públicas e privadas da região. Os resultados apontam que os estados da Bahia e Rio Grande do Norte concentram a maior parte desses grupos, com aproximadamente 53% do total, enquanto Paraíba e Piauí não apresentam registros, revelando uma distribuição desigual dos esforços de pesquisa. Em relação às áreas de concentração, percebe-se a grande predominância de estudos em Ciências da Computação com temas relacionados a Internet das Coisas (IoT) e tecnologias digitais sendo os mais recorrentes. Áreas como Administração e Planejamento Urbano e Regional aparecem em seguida, fortalecendo os pilares de gestão e planejamento estratégico. No entanto, a pesquisa também evidencia uma baixa representatividade de áreas como Direito, Engenharias, Ciências Ambientais, Sociologia, Geografia e Arquitetura, o que sugere uma necessidade de maior interdisciplinaridade nas abordagens. Os dados indicam uma concentração de grupos nas capitais, com baixa presença no interior, particularmente no semiárido, onde a pesquisa ainda é incipiente. Além disso, a alocação de recursos humanos sugere que apenas uma pequena parcela dos grupos foca prioritariamente no tema de cidades inteligentes. Conclui-se que, embora existam esforços importantes para promover a inovação em ambientes urbanos no Nordeste, é necessária uma maior diversificação e interiorização das pesquisas. Além disso, a ampliação do foco para incluir temas como participação social e inclusão digital é essencial para o desenvolvimento de cidades mais inteligentes e inclusivas. A ausência de pesquisas nessas áreas pode comprometer o desenvolvimento de soluções abrangentes que atendam às necessidades da população, especialmente nas regiões mais vulneráveis, como o semiárido nordestino.

• Palavras-chave
• Cidades Inteligentes, Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, Instituições de Ensino Superior
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Simpósio Temático 7 - Dinâmicas ambientais e territoriais do sertão semiárido

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