Medievalidades na literatura de cordel (1960-1970): produção de videoaulas no formato Telecurso 2000

Medievalidades na literatura de cordel (1960-1970): produção de videoaulas no formato Telecurso 2000

• Autor
• Alison Lopes Martins da Silva
• Co-autores
• José Jackson da Silva Duarte
• Resumo

• Medievalidades na literatura de cordel (1960-1970): produção de videoaulas no formato Telecurso 2000

   

  Na contemporaneidade as mídias digitais impactam essencialmente as relações sociais e a relação ensino-aprendizagem, todavia, a rápida difusão de informações favorecida pelo espaço virtual o torna um veículo de divulgação de informações falsas e revisionismos históricos. Em vista disso, é observável no meio virtual a contínua difusão de falácias e imagens equívocas acerca do período medieval oriundas do errôneo conceito de Idade Média propagado desde o Renascimento do século XIV. A vista disso, o objetivo central dessa pesquisa é construir uma narrativa histórica das medievalidades no cordel nordestino, isto é, da literatura originária das tradições ibéricas do século XV que foi assimilada à cultura popular brasileira por intermédio do contato colonizador dos portugueses com os povos indígenas e africanos. Nesse sentido, os folhetos de cordel tornaram-se no Nordeste meios de transmissão de informações, valores, histórias e saberes que constituíram o imaginário nordestino, tendo em vista que estavam em contato com as camadas populares através do canto entoado nas feiras livres e nos quintais das casas por indivíduos letrados ou não para um público, por vezes, analfabeto. Desse modo, visamos repensar a Idade Média através do conteúdo imagético remanescente do medievo na cultura cordelista do Nordeste brasileiro por meio da análise documental dos cordéis: A batalha de Oliveiros com Ferrabrás (1964) da autoria de Leandro Gomes de Barros, História da Princesa da Pedra Fina (1973) adquirido por João Martins de Athayde, Antonio Silvino (1960) de Francisco das Chagas Baptista e Coco Verde e Melancia (1977) de José Camelo de Melo Resende. A partir disso, realizou-se a produção de videoaulas inspiradas no formato audiovisual do Telecurso 2000 com a proposta de lançar um debate sobre a História Pública, medievalidade e Nordeste. Nesse contexto, produzimos um conhecimento histórico em ambiente virtual e o publicizamos no Youtube. Diante disso, adotamos como referencial teórico as análises acerca da cultura histórica de Jörn Rüsen (1994), com o intuito de entender o próprio cordel e o seu meio de difusão como cultura histórica. Nesse sentido, as três questões-problema a serem respondidas nessa pesquisa são: quais residualidades do medievo são identificáveis no imaginário nordestino? Como este imaginário expressa-se na literatura de cordel? E como as medievalidades na literatura cordelista podem construir um discurso histórico para a História Pública?

• Palavras-chave
• Palavras-chave: Idade Média, literatura de cordel, mídias digitais, medievalidades, Telecurso 2000
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Simpósio Temático 6 – Sertões, Educação e processos de interiorização

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