PENSAR A RELAÇÃO ENTRE O HUMANO E A NATUREZA: Perspectivas epistemológicas interrelacionais.

PENSAR A RELAÇÃO ENTRE O HUMANO E A NATUREZA: Perspectivas epistemológicas interrelacionais.

• Autor
• Miguel Junior Zacarias Lima
• Co-autores
• Walter Pinheiro Barbosa Junior
• Resumo

• Esta pesquisa tem o propósito de provocar a reflexão no entorno da compreensão sobre a natureza, partindo do pressuposto dos pensamentos de autores como Ailton Krenak, Davi Kopenawer e Alberto Acosta. Estes pensadores tem, ao longo de muitos esforços epistemológicos, nos instigado a pensar a nossa relação com a natureza enquanto integração de saberes e condições para o viver bem. No esteio dessa questão, e partindo de uma metodologia hermenêutica de interpretar quando vivenciamos e compreender quando relacionamos, podemos pensar que outras formas de compreensão são possíveis não apenas como um recurso sofisticado e epistemológico, mas como atitude reflexiva de abertura dialógica para alcançar o bem viver integrado com os outros seres, com a natureza e com nós mesmos. A leitura desses autores tem sido uma alternativa fundamental para construirmos uma nova forma de pensar e agir. Krenak nos sugere um movimento, em que aparecemos como transitórios, seres que não existiam quando a vida começou e que pode não existir antes do encerramento do fluxo da vida. Inspirando-se na percepção de efemeridade existencial, levantamos algumas questões no decorrer das reflexões que virão: O que é a natureza? Qual é o lugar do ser humano na natureza? Em qual sentido podemos falar da relação da sociedade com a natureza? Essas inquietações podem soar apenas como lapso de curiosidade para alguns, mas em seu sentido primeiro, vai além da mera curiosidade e tem sua motivação na própria manifestação do ser humano enquanto tal, isto é, ao questionarmos pelo sentido da natureza não temos a intenção de deslocar essa questão do sentido do próprio ser que pergunta; nossa intenção fundante perfaz a significação daquilo que pode nos conduzir a compreensão do natural e do humano de forma imbricada e nunca separada, sendo, portanto, questões sobre si mesmo enquanto perspectiva de uma estrutura de relações dinamicamente constituídas. Ao elaborarmos essa reflexão nos deparamos com diversos problemas que estão na baila do pensar, problemática de fundo como aquela articulada sob a pecha de uma episteme hegemônica que se impôs a todos negando o outro, principalmente a negação da natureza como aquela que é provedora da própria existência, enquanto uma entidade viva. A negação da natureza neste sentido, finca suas estruturas na ideia propalada, de que haveremos de dominá-la e, portanto, controlá-la por meio do conhecimento. Este trabalho espera, enquanto resultado, o comprometimento de nos conduzir à reflexão sobre nossa relação com o mundo, enquanto estrutura significativa para o existir, e nos provocar, a partir dos interlocutores dessa reflexão, ao pensamento sobre nosso papel nessa interrelação.  

• Palavras-chave
• Compreensão. Epistemologia Ambiental. Diálogo. Bem Viver.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Simpósio Temático 7 - Dinâmicas ambientais e territoriais do sertão semiárido

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