Denúncias de escravidão ilegal e trajetórias femininas no sertão do Rio Grande do Norte (Seridó, século XIX)

Denúncias de escravidão ilegal e trajetórias femininas no sertão do Rio Grande do Norte (Seridó, século XIX)

• Autor
• Maria Alda Jana Dantas de Medeiros
• Resumo

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  Este trabalho discute trajetórias de mulheres africanas ilegalmente escravizadas na Cidade do Príncipe, no Seridó, sertão da Província do Rio Grande do Norte, durante o século XIX. Utilizamos, como fontes, ações de liberdade lavradas na Cidade do Príncipe na década de 1870, documentação que está em custódia do Laboratório de Documentação Histórica (LABORDOC) do Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Através dos instrumentos metodológicos do paradigma indiciário e do método onomástico, em diálogo com uma abordagem micro histórica, acompanhamos as denúncias da escravidão ilegal das africanas Damázia e Thereza. Nos dois casos, percebemos a mobilização da Lei de 7 de novembro de 1831, a qual previa a abolição do tráfico escravo, como sustentáculo da denúncia acerca da ilegalidade de suas condições. Observamos que a instituição escravocrata, já em processo de deslegitimação nas últimas décadas do Império, também foi questionada por mulheres não brancas, as quais, por meio de suas trajetórias, nos evidenciam as possibilidades de resistências femininas nos sertões.

• Palavras-chave
• Escravidão, Mulheres, Sertão.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Simpósio Temático 5 - História dos Sertões: escravidão, mestiçagens e trajetórias (séculos XVIII-XIX)

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