Saúde e medicina popular: as rezas como cura

  • Autor
  • Cecília Mariana Filgueiras Dantas
  • Co-autores
  • Poliana Karoline Oliveira de Lima , Gutemberg Mateus dos Santos
  • Resumo
  •  

    Sáude e medicina popular: as rezas como cura.

     

    Introdução

     

    A medicina “válida” para a maioria das pessoas é aquela conhecida por meio da ciência, que obtenha comprovação cientifica. Felizmente em algumas regiões do mundo a medicina popular também é considerada uma medicina científica, devido as suas comprovações serem reconhecidas pelos profissionais na área, inclusive utilizando de plantas, ervas e outros meios da medicina popular como tratamento para muitas doenças.

    Algo importantíssimo que deve ser ressaltado é que esses conhecimentos através das rezas, foram e são repassados de geração para geração, sendo uma tradição familiar, principalmente nas tribos indígenas espalhadas não só no Brasil, mas no mundo. 

     Resultados

    As rezas são práticas muitos comuns no Nordeste inteiro, para curar algumas doenças, dentre elas uma que é popularmente conhecida por “quebranto”, um mal de ordem espiritual, onde as crianças são mais vulneráveis, especialmente os bebês, devido não serem batizadas ainda, e por serem consideradas de acordo com o cristianismo, seres puros, de almas puras e sem pecado, sendo mais vulneráveis espiritualmente e consequentemente fisicamente. Essas rezas são comuns aqui no Nordeste a várias décadas, uma curiosidade é que as rezadeiras(os) dizem se o “quebranto” foi colocado por homens ou mulheres. Essas rezas também são comuns para curar diversas doenças além do quebranto, como por exemplo o chamado “ventre caído”. É muito comum escutar dos mais velhos que não é bom jogar as crianças para cima, especialmente as que tem menos de um ano para que o “ventre” dela não caía. Quando esse “ventre” cai, as crianças ficam mais vulneráveis e apresentam sintomas bem parecidos com os do quebrante, daí os pais levam as crianças para essas rezadeiras para que elas tragam de volta o ventre da criança. 

     Essas rezas são passadas de pais para filhos, muito comuns até os dias de hoje. É um costume muito presente no dia a dia dos nordestinos, acredito que especialmente no interior, com exceção da Bahia, tendo em vista a cultura de lá e que as religiões de matrizes africanas têm uma força maior naquela região.

    Considerações finais 

    Todos os esses conhecimentos mencionados foram adquiridos por meio testemunhos orais, em conversas informais e fatos vivenciados por mim e pela minha família.  A rezadeira mais conhecida pela região onde fui criada e a qual rezou em mim e em muitas outras crianças, jovens e também adultos da minha família, atende por dona Tica, uma senhora de origem humilde, mas que carrega consigo muitos conhecimentos sobre essa prática, além da sabedoria em seus discursos de vida em geral.

     

     

  • Palavras-chave
  • medicina popular, saúde, quebranto, rezadeiras, rezas
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Simpósio Temático 1 - Espaço e Natureza e Cultura nos sertões
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  • Simpósio Temático 3 - “60 anos da Ditadura Militar no Brasil: Histórias e Memórias"
  • Simpósio Temático 4 - Hibridismos, cultos e devoções: trajetórias e possibilidades para compreender os caminhos da fé pelos sertões
  • Simpósio Temático 5 - História dos Sertões: escravidão, mestiçagens e trajetórias (séculos XVIII-XIX)
  • Simpósio Temático 6 – Sertões, Educação e processos de interiorização
  • Simpósio Temático 7 - Dinâmicas ambientais e territoriais do sertão semiárido
  • Simpósio Temático 8 – História indígena e ensino de História
  • Simpósio Temático 9 - Relações de poder, práticas políticas e imprensa
  • Simpósio Temático 10 – Política, Cultura e Desenvolvimento: Diálogos sobre a atuação estadunidense no Rio Grande do Norte nas décadas de 1960-1970
  • Simpósio Temático 11 – Terra, Água e Poder: os conflitos nos sertoes do semiarido na contemporaneidade
  • Simpósio Temático 12 - Saberes na encruzilhada: sertanidades e (ins)urgências de gênero, raça e território
  • Simpósio Temático 13 – História dos Sertões do Brasil no século XIX
  • Simpósio Temático 14 - Dinâmicas populacionais e territorialização dos sertões: processos históricos e demográficos (séculos XVI-XIX)
  • Simpósio Temático 15 - Os sertões a partir da materialidade: abordagens e perspectivas
  • Simpósio Temático 16 - História e quadrinhos: o uso dos quadrinhos como fonte histórica e recurso didático
Abrahão Sanderson Nunes Fernandes da Silva - UFRN

Allyson Iquesac Santos de Brito - Mestrando (PPGHC/UFRN)

Ana Maria Veiga - UFPB

Ane Luíse Silva Mecenas Santos - UFRN

Beatriz Alves dos Santos – Doutoranda (PPGH/UFRN)

Bianca Ferreira do Nascimento - Mestranda (PPGHC/UFRN)

Claúdia Cristina do Lago Borges - UFPB

Cleidiane de Araújo Oliveira - Mestra (PPGHC/UFRN)

Fabio Mafra Borges - UFRN

Francisco Firmino Sales Neto - UFCG

Gabriel da Silva Freire - Mestrando (PPGHC/UFRN)

Gracineide Pereira dos Santos Oliveira - PDJ-CNPq/FAPERN/PPGHC-UFRN

Hozana Danize Lopes de Souza - Mestra (PPGHC-UFRN e PPGArqueologia-UFPE)

Jailma Maria de Lima - UFRN

Jardel Bezerra Araújo da Silva - Mestrando (PPGHC-UFRN)

Jessica Éveny Cardoso Martins - Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora de Fátima - Conceição-PB

João Paulo de Lima - Secretaria de Educação de Serra Negra do Norte - RN

Jovelina Silva Santos – UERN / PDPG-CAPES/PPGHC-UFRN

Juciene Batista Félix Andrade - UFRN

Kayann Gomes Batista - Doutorando (PPGArqueologia-UFPE)

Laise Vitória de Figueredo Souza - Mestranda (PPGHC/UFRN)

Leandro Vieira Cavalcante - UFRN

Maria Alda Jana Dantas de Medeiros - UFRN

Maria Dolores de Araújo Vicente - SESC-Caicó/RN

Mario Sélio Ferreira de Brito - Escola Municipal Professora Maria Letícia Damasceno - SEMEC - Santana do Matos-RN

Matheus Barbosa Santos - Memorial Mateus de Medeiros Lula - Câmara Municipal de Currais Novos-RN

Roselia Cristina de Oliveira - PDPG-CAPES/PPGHC-UFRN

Rosenilson da Silva Santos - UERN

Sarah Campelo Cruz Gois - IFRN - Campus Apodi

Thales Lordão Dias - Doutorando (PPGH-UFRN)

Vitor Vinicius Rodrigues Bezerra - Mestrando em História dos Sertões - PPGHC-UFRN

Vitória Maria Targino Filgueiras - Mestranda em História dos Sertões - PPGHC/UFRN

Anais da VII Jornada Nacional de História dos Sertões / I Colóquio Internacional História dos Sertões e Outros Mundos
ISBN 978-65-01-20988-3
Caicó - RN - 11 a 14 de novembro de 2024

Realização
Programa de Pós-Graduação em História do CERES (PPGHC-UFRN)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES/Campus de Caicó
Prédio das Pós-Graduações – Rua Joaquim Gregório, sn, Penedo
Caicó-RN – CEP 59374-000
E-mail: sertoes@ceres.ufrn.br 

Organizadores
Helder Alexandre Medeiros de Macedo
Joel Carlos de Souza Andrade
Ana Luísa Araújo Medeiros
Bianca Ferreira do Nascimento
Cleidiane de Araújo Oliveira
Francisca Araújo Saraiva
Gabriel da Silva Freire
Gabriella Beatriz Freire Xavier
Karollainy Kennya Dias de Medeiros
Laíse Vitória de Figueredo Souza
Tatiane Medeiros Alves

Identidade visual
Inspirada na xilogravura “Aves de arribação”, do mestre Givanildo, de Bezerros-PE (@gxilogravuras).

 

Versão condensada dos Anais para download em formato PDF
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