Em um Sertão Nordestino atual, a seca ainda é um assunto que percorre as gerações, na busca por uma solução que amenize a agonia nos períodos de intensas estiagens, que se estendem desde o Sul da Bahia, ao Norte do Maranhão. Adentrando o Sertão do Seridó Potiguar, Frentes de Emergência surgem na mais rápida tentativa de mudar esses cenários, e com elas, a açudagem, que em uma promessa de água, invade os aspectos sociais, sendo um prometedor de esperança ao sertanejo. A cidade de Currais Novos/RN, fundada em 1808 pelo Coronel Cipriano Lopes Galvão, localizada no Semiárido Nordestino, na microrregião do Seridó Oriental, no Sertão Potiguar, fez parte dos municípios que foram afetados pela Seca que durou de 1979 à 1984, tornando indiscutível a necessidade de aderir a açudagem enquanto recurso hídrico; Quando em 1980, o que era utopia se torna uma promessa. No Jornal Diário de Natal (1980) sobre a manchete “Sociedade do Seridó”, o então Engenheiro Clóvis Gonçalves anuncia a priorização da construção do Açude Dourado na Cidade, acedendo assim, no coração do curraisnovense, a esperança de um inverno proveitoso, da mesma maneira que revigorando a fé. Partindo disso, esta pesquisa tem como problematização analisar a partir das discussões, para além da Seca (1979 - 1984), a construção do Açude Dourado (1980 - 1983), no que tange às discussões sociais que formaram, inclusive, o sertanejo que vive na localização, como também a importância das Frentes Emergenciais no Sertão Potiguar neste período, a fim de enxergar as possibilidades que a açudagem, em específico o Açude Dourado, trouxeram à construção da identidade da cidade de Currais Novos. Dando conta de delinear dentro do espaço discussões sobre o estopim, como também o decorrer de sua construção. Com isso, o trabalho primordial é a escolha das fontes, partindo da História Oral enquanto fonte principal da escrita, afinal, a pesquisa desenvolvida nasce da necessidade de haver uma pesquisa de cunho histórico sobre o tema, além de partir da memória dos expoentes que vivem\viveram na margem da barragem, construindo assim um documento que possa ser utilizado na concretização da identidade desse povo, e para além disso que sirva na documentação dessas experiências. Contudo, sem ausentar a importância da análise de outras fontes como o vasto acervo da Hemeroteca Digital que permite analisar os periódicos da época no auxílio para delinear as discussões que a mídia local disseminava acerca da construção do Açude, com o foco nos Jornais o Poti, e o Diário de Natal, além de outras fontes bibliográficas e documentais que permitem construir sobre a construção do Açude Dourado e a Seca, e os outros vastos conceitos que permeiam a esfera desta reflexão. Sendo assim, a pesquisa desenvolvida busca redigir em cima de uma “triarquia” ao decorrer da escrita, sendo essas a Seca, o Sertão Potiguar (Seridó) e a Açudagem, permitindo criar nesta esfera um diálogo entre autores que produziram pesquisa nestes meios.
Abrahão Sanderson Nunes Fernandes da Silva - UFRN
Allyson Iquesac Santos de Brito - Mestrando (PPGHC/UFRN)
Ana Maria Veiga - UFPB
Ane Luíse Silva Mecenas Santos - UFRN
Beatriz Alves dos Santos – Doutoranda (PPGH/UFRN)
Bianca Ferreira do Nascimento - Mestranda (PPGHC/UFRN)
Claúdia Cristina do Lago Borges - UFPB
Cleidiane de Araújo Oliveira - Mestra (PPGHC/UFRN)
Fabio Mafra Borges - UFRN
Francisco Firmino Sales Neto - UFCG
Gabriel da Silva Freire - Mestrando (PPGHC/UFRN)
Gracineide Pereira dos Santos Oliveira - PDJ-CNPq/FAPERN/PPGHC-UFRN
Hozana Danize Lopes de Souza - Mestra (PPGHC-UFRN e PPGArqueologia-UFPE)
Jailma Maria de Lima - UFRN
Jardel Bezerra Araújo da Silva - Mestrando (PPGHC-UFRN)
Jessica Éveny Cardoso Martins - Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora de Fátima - Conceição-PB
João Paulo de Lima - Secretaria de Educação de Serra Negra do Norte - RN
Jovelina Silva Santos – UERN / PDPG-CAPES/PPGHC-UFRN
Juciene Batista Félix Andrade - UFRN
Kayann Gomes Batista - Doutorando (PPGArqueologia-UFPE)
Laise Vitória de Figueredo Souza - Mestranda (PPGHC/UFRN)
Leandro Vieira Cavalcante - UFRN
Maria Alda Jana Dantas de Medeiros - UFRN
Maria Dolores de Araújo Vicente - SESC-Caicó/RN
Mario Sélio Ferreira de Brito - Escola Municipal Professora Maria Letícia Damasceno - SEMEC - Santana do Matos-RN
Matheus Barbosa Santos - Memorial Mateus de Medeiros Lula - Câmara Municipal de Currais Novos-RN
Roselia Cristina de Oliveira - PDPG-CAPES/PPGHC-UFRN
Rosenilson da Silva Santos - UERN
Sarah Campelo Cruz Gois - IFRN - Campus Apodi
Thales Lordão Dias - Doutorando (PPGH-UFRN)
Vitor Vinicius Rodrigues Bezerra - Mestrando em História dos Sertões - PPGHC-UFRN
Vitória Maria Targino Filgueiras - Mestranda em História dos Sertões - PPGHC/UFRN
Anais da VII Jornada Nacional de História dos Sertões / I Colóquio Internacional História dos Sertões e Outros Mundos ISBN 978-65-01-20988-3 Caicó - RN - 11 a 14 de novembro de 2024 Realização Programa de Pós-Graduação em História do CERES (PPGHC-UFRN) Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN Centro de Ensino Superior do Seridó – CERES/Campus de Caicó Prédio das Pós-Graduações – Rua Joaquim Gregório, sn, Penedo Caicó-RN – CEP 59374-000 E-mail: sertoes@ceres.ufrn.br Organizadores Helder Alexandre Medeiros de Macedo Joel Carlos de Souza Andrade Ana Luísa Araújo Medeiros Bianca Ferreira do Nascimento Cleidiane de Araújo Oliveira Francisca Araújo Saraiva Gabriel da Silva Freire Gabriella Beatriz Freire Xavier Karollainy Kennya Dias de Medeiros Laíse Vitória de Figueredo Souza Tatiane Medeiros Alves Identidade visual Inspirada na xilogravura “Aves de arribação”, do mestre Givanildo, de Bezerros-PE (@gxilogravuras).
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