Presença de africanos na Freguesia do Seridó, sertão do Rio Grande do Norte (séculos XVIII-XIX)

Presença de africanos na Freguesia do Seridó, sertão do Rio Grande do Norte (séculos XVIII-XIX)

• Autor
• Ana Luísa Araújo Medeiros
• Resumo

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  Analisa a presença de “africanos” e “africanas” no Seridó, sertão da Capitania do Rio Grande do Norte, do fim do século XVIII aos primeiros anos do século XIX, através de análise dos livros de casamentos, batizados e óbitos da referida freguesia, cujos dados, extraídos, estão presentes em bancos de dados. Parte de discussão historiográfica feita a partir dos estudos acadêmicos de Anicleide Sousa, Cláudia Cristina do Lago Borges, Gian Carlo, Sheila de Castro Faria e Solange Mouzinho Alves. No campo metodológico, adota as premissas da História Quantitativa, conforme François Furet e José D’Assunção Barros, bem como, o Método Onomástico, como discutem Carlo Ginzburg e Carlo Poni. Após análise quantitativa, considerando, expressamente, as qualidades atribuídas as pessoas advindas de África – a partir das qualidades de preto, negro, preta, negra, Gentio da Costa, Gentio de Angola, Gentio da Guiné –, foram contabilizados 75 registros de 1.691 casamentos (1788-1834); 19 registros de 4.824 batizados (1803-1806; 1814-1818; 1818-1822; 1825-1831); e 179 registros de 3.048 óbitos (1788-1811; 1812-1838; 1838-1857), realizados no Seridó, envolvendo pessoas “africanas”. Desse total, 183 registros apontam a condição de escravizados. No plano qualitativo, com base nos livros de casamentos, esboça as trajetórias de alguns casais que constituíram família com pessoas de mesma qualidade, bem como, com pessoas de diferentes qualidades e descendência, demonstrando a sua participação no cotidiano da formação de famílias no Seridó e apontando para a necessidade de estudos mais verticalizados sobre a temática.

   

• Palavras-chave
• Africanos, Mestiçagens, Seridó, Qualidade, Condição
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Simpósio Temático 5 - História dos Sertões: escravidão, mestiçagens e trajetórias (séculos XVIII-XIX)

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