Atividades econômicas desempenhadas por escravizados no sertão da Parahyba – Vila Federal de Catolé do Rocha (1850-1888)

Atividades econômicas desempenhadas por escravizados no sertão da Parahyba – Vila Federal de Catolé do Rocha (1850-1888)

• Autor
• Segiefredo Rufino dos Santos
• Resumo

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  Investiga estratégias desenvolvidas pela população escravizada sertaneja da Parahyba, especialmente na Vila Federal de Catolé do Rocha, entre 1850 e 1888, na tentativa de compreender como essas ações garantiram sua sobrevivência e lhes permitiram buscar formas de alcançar mobilidade social. Busca examinar, pois, quais eram as atividades econômicas desempenhadas pelos escravos na região sertaneja da Paraíba, levando em conta tanto os aspectos legais quanto as dinâmicas sociais envolvidas na sociedade sertaneja oitocentista da Parahyba, especificamente na Vila Federal de Catolé do Rocha. Propõe, também, propõe-se analisar o papel dos escravizados nessas atividades econômicas, destacando os tipos de trabalho por eles desempenhados e de que modo contribuíram para mobilidade social de cativos e livres. Teoricamente, o trabalho insere-se em dois campos. O primeiro, o da História Social, permite uma análise mais aprofundada das relações escravistas entre senhores e escravizados, destacando a construção de estratégias da população negra no sertão da província da Parahyba. Ademais, enfatiza as peculiaridades das interações humanas nesse espaço, explorando as redes sociais, econômicas e de poder que moldaram as experiências de escravizados, senhores e libertos. O segundo, o da História Demográfica, contribui para a compreensão dos padrões populacionais e sociais relacionados à concessão da liberdade, permitindo uma análise mais ampla do fenômeno. Metodologicamente, adotou o "método indiciário", na perspectiva de Carlo Ginzburg, para examinar as fontes, o qual permite identificar indícios e sinais das ações da população escravizada, evidenciando as estratégias articuladas por esses indivíduos para melhorar suas condições de vida e garantir sua liberdade em um contexto de profundas desigualdades e desafios estruturais. A análise recaiu sobre inventários entre 1850 e 1888, considerando os dados oriundos dos livros de notas, dispostas no arquivo do Cartório do 1º Oficio e Notas de Catolé do Rocha e também o Censo Demográfico realizado pelo Império no ano de 1872 e a análise de obras da historiografia paraibana que trata da sociedade sertaneja da Paraíba na segunda metade dos oitocentos. A pesquisa identificou uma diversidade de profissões exercidas por cativos e libertos, trabalhando na área dos metais, madeira, tecido, exercendo atividades de costureira, agricultores e também criados e jornaleiros. Considera, por fim, que é possível, com o adensamento da pesquisa, compreender as estratégias de resistência e negociação empregadas pelos escravizados para conquistar a liberdade nesse contexto específico, demonstrando como essas práticas faziam parte de um repertório mais amplo de luta pela sobrevivência e mobilidade social na região sertaneja da Parahyba na segunda metade do século XIX.

   

• Palavras-chave
• Escravidão, liberdade, atividades econômicas, Sertão, Catolé do Rocha.
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Encontro de Saberes 5 - História da família, das mestiçagens e da escravidão em espaços sertanejos

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