Introdução: A Síndrome de Stevens-Jhonson (SSJ) é uma reação mucocutânea rara, severa e de elevada morbimortalidade. Esta patologia é “definida enquanto enfermidade inflamatória aguda, febril e autolimitada, que apresenta duração de duas (02) a quatro (04) semanas, afetando, principalmente, pele e membrana” (Ribeiro, A. G. A.; Ribeiro, M. C.; Benito, L. A. O, 2017, p.119) e foi descrita, inicialmente, em dois pacientes que estavam com conjuntivite purulenta severa, estomatite severa e com extensa necrose da mucosa e manchas purpúricas em 1922, pelo Dr. Albert Mason Stevens e Dr. Frank Chambliss Johnson, denominando-a síndrome mucocutânea aguda, que posteriormente, ficou conhecida como SSJ. “A grande maioria dos casos está relacionada com fármacos, principalmente o alopurinol, antibióticos ?-lactâmicos e sulfonamidas, anticonvulsivantes e anti-infamatórios não esteróides (oxicams), mas infecções podem também estar implicadas.” (COELHO, Inês Dionísio, 2013, p. 9). A SSJ, por ser uma patologia rara, seu índice epidemiológico é baixo, sua incidência mundial é de 1,2 a 6 casos por milhão de pessoas. O período de latência da doença é em média 4 semanas, e primeiramente mostra-se sinais inespecíficos, como febre, náuseas, vômitos, com ou sem diarreia, mialgia e artralgia, sendo procedido por sinais de leões mucocutâneos, no qual o caso tende a agravar ou a persistir. O diagnóstico é fundamentalmente clínico, sendo necessário uma anamnese e exame físicos exaustivos e minuciosos. Ademias, é necessário o encaminhamento do paciente para o hospital de referência, para o seu devido cuidado intensivo, para evitar o avanço e o possível agravamento da doença e realizar as medidas de suporte, como hidratação e a reposição de eletrólitos, bem como o tratamento sintomático. A precaução utilizada na SSJ é a padrão, ou seja, higiene das mãos com técnica adequada, uso de luvas, aventais, cuidados com roupas, equipamentos e artigos de assistência, pois como o paciente apresenta um sistema imunológico comprometido, é necessário cuidado absoluto para evitar infecções secundárias e agravamento do quadro. Dessa forma, a Sistematização de Assistência em enfermagem (SAE) é essencial para o cuidado alcançar o paciente de maneira organizada, continua, integral e efetiva, potencializando seu processo de recuperação e evitando possíveis complicações e sequelas. Dessa forma, a SAE nortear toda a operacionalização das ações da equipe de enfermagem, na qual está inserido Processo de Enfermagem (PE) que divide-se em cinco etapas, que são: Coleta de Dados, Diagnóstico de Enfermagem, Planejamento, Implementação e Avaliação. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicos de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, a partir da utilização da SAE a um paciente com síndrome de stevens-jhonson, referindo, a inter-relação da sistematização da assistência com a humanização do cuidado no que diz respeito a esta patologia. Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência, requisito avaliativo da atividade curricular enfermagem em doenças transmissíveis, da faculdade de enfermagem, da Universidade Federal do Pará, com apoio do projeto de ensino intitulado: “Monitoria: uma possibilidade de transformação no ensino-aprendizagem de Enfermagem em Doenças Transmissíveis” sob o código: MONIT1636015520510-PROEG/UFPA. O local do estudo foi um hospital universitário, referência em doenças infectocontagiosas e parasitárias em Belém do Pará, realizada no mês de Outubro do ano de 2018. Para desenvolver o relato de experiência, aplicou-se o PE .Os dados coletados foram analisados e posteriormente foram identificados os diagnósticos de enfermagem, descrevendo as intervenções de enfermagem necessárias e os resultados esperados, utilizando a taxonomia North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC), respectivamente. A seguir, os dados de admissão e evolução do paciente, apresentava-se ao leito, em mal estado geral, consciente e orientado em tempo e espaço, pouco comunicativo e desconfortável no ambiente. Acianótico, anictérico a afebril ao toque. Acuidade visual prejudicada devido a secreções purulentas. Mucosas e tegumento com múltiplas lesões bolhosas descamativas. Apresentava edema e lesões bolhosas nos membros inferiores. Sono e repouso prejudicado devido ao desconforto provocado pela doença, o prurido e a algia sistêmica, alimentação e ingesta hídrica prejudicado devido lesões na mucosas esofágicas. Resultados: Após análise dos problemas identificados, o paciente teve os seguintes diagnósticos de enfermagem: Padrão ineficaz, relacionado a distúrbio imunológico, evidenciado por resposta mal adaptada ao expresse (I); Insônia relacionada ao desconforto físico, evidenciado por insatisfação com o sono e padrão de sono não restaurador (II); Motilidade Física Prejudicada relacionada a dor, evidenciado por desconforto e redução das habilidades motoras finas e grossas (III) Risco de infecção relacionado por alteração na integridade da pele (IV) Dor Aguda, relacionado a gente químico biológico, evidenciado por comportamento expressivo e expressão facial de dor (V) Conforto prejudicado relacionado ao controle ambiental insuficiente, evidenciado pela sensação de calor e inquietude. Em seguida, foram descritas as respectivas intervenções de enfermagem: Oferecer uma alimentação adequada, monitorar os sinais vitais, realizar o cuidado dos sinais e sintomas que se apresentam na fase aguda da doença, estabelecer um ambiente adequado para repouso; administrar agentes analgésicos prescritos, cuidar das lesões mucocutâneas com técnica asséptica; prevenir o desenvolvimento de lesão por pressão; realizar manuseio do paciente com técnica asséptica, promover o controle térmico do ambiente. Após a execução da SAE, espera-se atingir os seguintes resultados: Deverá apresenta ausência de distúrbio imunológico, relatar satisfação com o sono, apresentará conforto para realizar a motilidade física e aumento das habilidades motoras finas e grossa; deverá apresentar integridade da pele integra e auto relatar alivio da dor; apresentará capacidade de movimentar-se propositalmente pelo próprio ambiente, de forma independente, com ou sem dispositivos auxiliar, alcançará sensação de conforto no ambiente e apresentará ausência de infecções secundárias. Conclusão: Destarte, a vivência da experiência foi singular e permitiu aos acadêmicos a aplicação de todo o conhecimento adquirido em sala de aula ao longo da graduação, bem como permitiu os estudantes vivenciarem um contato direto e próximo ao paciente. Além disso, oportunizou a construção da SAE, a qual é um instrumento exclusivo do enfermeiro, permitindo que as intervenções fossem desenvolvidas de maneira humanizadas e holísticas, transcendendo os aspectos biológicos do paciente.
dinâmica socioambienta da região Amazônica dá a ela um perfil epidemiológico próprio. Pensando nisso, ocorrerá nos dias 28 e 29 de novembro, a Segunda Jornada Cientifica LIDIPA - As Doenças infecto-parasitárias Emergentes no Contexto da Saúde Pública Amazônica.
O estado do Pará é referência para o Brasil e para o mundo em estudos, pesquisas e ensino nesta área. Daí a necessidade desta II JORNADA, com diversos doutores, especialistas, professores e alunos para abordarmos essas temáticas tão importantes e atuais da nossa região, como a CHIKUNGUNYA, FEBRE AMARELA, MALÁRIA, DOENÇAS DE CHAGAS, HPV, ZIKA VÍRUS E DENGUE entre outras doenças que afetam a população Amazônida.
A jornada é uma iniciativa da Liga interdisciplinar de doenças infecto parasitárias na Amazônia-LIDIPA criada após a realização do I simpósio de Doenças infecto parasitárias na Amazônia-SDIPA que correu no ano de 2017.
A novidade nesta II edição da JORNADA CIENTIFICA DA LIDIPA onde teremos aSubmissão de Trabalhos com ANAIS, um grande avanço para os membros da liga e para os alunos que gostam desta área poderem apresentar suas produções cientificas e acadêmicas.
Outra novidade é este instrumento(o site do evento)que estaremos utilizando como uma forma de maior organização do nosso evento.
Outra novidade também é a realização das apresentações de trabalhos que contarão com uma roda de conversa após o término de cada eixo temático onde será discutido a realidade do País, Região Amazônica e do Estado em relação as pesquisas desenvolvidas, que com certeza serão de extrema relevância para o contexto de nossa região.
Além de focar nas doenças, a jornada trabalhará o aspecto humano, como a conduta da equipe de saúde e o relacionamento dos profissionais com a comunidade no sentido de prevenção, orientação e atuação ativa.
Desejemos que todos sejam bem-vindos a II JORNADA CIENTÍFICA DA LIDIPA e possamos fazer um belo evento.
Everton Wanzeler
Presidente da LIDIPA
II JORNADA CIENTÍFICA DA LIDIPA NORMAS PARA SUBMISSÃO DE TRABALHOS
A comissão organizadora convida a todos (as) os envolvidos (as) no âmbito do ensino, pesquisa e extensão, a compartilharem seus trabalhos e experiências na II Jornada Cientifica da LIDIPA. Tendo como tema principal “As Doenças Infecto-parasitárias Reemergentes no Contexto da Saúde Pública Amazônica”
I- INFORMAÇÕES GERAIS
A II Jornada Cientifica da LIDIPA espera receber resumos de trabalhos científicos de diferentes origens: artigos, dissertações, teses, pesquisas, relatos e/ou sistematização de experiências, propostas de intervenção e documentários. Os trabalhos inscritos serão analisados pela Comissão Científica e poderão ser selecionados para apresentação em modalidade oral, por meio de rodas de conversa ou távolas. Esta dinâmica é uma iniciativa que valoriza a sustentabilidade, reduzindo a impressão de material gráfico. Além de permitir um maior compartilhamento de conhecimento dos participantes. A inscrição dos trabalhos será feita, exclusivamente, via internet, na página da Jornada ( http://doity.com.br/jornadalidipa ). Será enviado um e-mail de aceite ou recusa do trabalho. Os autores serão informados oportunamente sobre as datas, horários e locais das apresentações. Os autores dos trabalhos aprovados autorizam a Comissão Organizadora a publicar ou divulgar o resumo com a finalidade da socialização da produção científica apresentada no evento, em âmbito nacional e em todos os meios de comunicação, não cabendo qualquer pagamento por direito autoral.
II- NORMAS PARA SUBMISSÃO DE RESUMOS
Serão aceitos no máximo 03 (três) trabalhos por autor principal. Não há limites para trabalhos em coautoria. O autor responsável pela apresentação do trabalho deverá necessariamente inscrever-se na Jornada. Será emitido 01 certificado por trabalho, onde constarão os nomes de todos os autores e coautores. Cada resumo submetido poderá ter no máximo 6 (seis) autores, sendo obrigatório 1 (um) orientador. No ato de submissão todos os campos devem ser preenchidos adequadamente. Não devem ser inseridos gráficos, tabelas ou outros recursos visuais no resumo, apenas o texto. Deverá ser indicado a categoria e o eixo temático predominante de cada resumo. Conforme a classificação abaixo: Categorias:
? Ensino;
? Extensão;
? Pesquisa (Em caso de pesquisa com seres humanos e experimentação animal, inserir número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa);
? Relato de experiências.
Áreas temáticas:
? Saúde pública;
? Epidemiologia;
? Gestão;
? Ensino;
? Educação em saúde;
? Aplicações clínicas;
? Outra.
Os trabalhos poderão ser enviados em forma de resumo simples ou resumo expandido. O resumo simples deve conter o mínimo de 250 e o máximo de 500 palavras. O resumo expandido deve conter o mínimo de 1.000 e o máximo de 1.200 palavras. Todos os resumos devem ser submetidos no seguinte formato: ? Fonte Times New Roman, tamanho 12, ? Espaçamento 1,5 entre linhas, ? Margens 3 cm margem superior e esquerda e 2 cm margem inferior e direita, ? Arquivos em formato WORD ? Título centralizado em caixa alta em negrito. ? O resumo deve ser redigido em língua portuguesa. ? A submissão deve ser feita em formato ABNT no máximo de cinco referências. Os resumos deverão conter os seguintes elementos estruturais em parágrafo único: ? Título; ? Introdução; ? Objetivo; ? Metodologia ou descrição da experiência; ? Resultados e discussão; ? Considerações finais; ? Referências (3); ? Descritores (no mínimo 3 e no máximo 5).
III- CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO:
? O resumo deve respeitar as normas de submissão; ?
O tema abordado deve ser relevante para a temática;
? O texto deve ser claro, coerente, apresentando um encadeamento lógico entre os elementos estruturais; Resumos que não cumprirem com as orientações descritas acima não serão aceitos. Recomenda-se detalhada revisão do texto, pois em nenhuma hipótese serão aceitas mudanças no conteúdo do resumo enviado
. IV- NORMAS E ORIENTAÇÕES PARA APRESENTAÇÃO
Todas as apresentações serão orais. Não haverá exposição de Pôster Científico impresso. O autor (a) ou coautor (a) deve levar sua apresentação em um pen drive no dia, hora e local da atividade. A comissão organizadora disponibilizará um modelo de slides para uso dos autores. Orienta-se que, por segurança, o autor (a) tenha a sua apresentação salva em outros dispositivos: HD externo, e-mail, nuvem de arquivos, entre outros. A sala contará com os equipamentos necessários (computador e data-show). Os trabalhos serão apresentados em Rodas de Conversa e/ou Távolas. Sobre a dinâmica da apresentação: Roda de Conversa: • Cada Roda tem duração de 2h e reúne em média 14 trabalhos, podendo variar para mais ou para menos; • O tempo previsto para cada apresentação é de 5 minutos com tolerância de até 8 minutos. Távola: • Cada Távola tem duração de 2h e reúne em média 4 trabalhos, podendo variar para mais ou para menos; • O tempo previsto para cada apresentação é de 15 minutos com tolerância de até 20 minutos.
Ressalta-se que o tempo de apresentação dos trabalhos é reduzido, com vistas a resguardar maior tempo para as discussões dos temas transversais. Isso proporcionará o desenvolvimento de processo de educação permanente in loco. Esperamos que o debate e a troca de experiências seja construtivo e se dê em bases solidárias!
V- CRONOGRAMA Os participantes interessados em submeter trabalhos devem preencher o formulário de submissão com início as 00:00hs do dia 01/10/2019 e com termino até às 23 horas e 59 minutos (horário de Brasília) do dia 10/11/2019.
Belém, 01 de outubro de 2019.
Tais Passos
Diretora Cientifica da LIDIPA
Everton Wanzeler
Presidente da LIDIPA e Coordenador Geral da II Jornada Científica da LIDIPA
Comissão Organizadora
EVERTON LUIS FREITAS WANZELER
Eduardo Pastana Cardosou
HENNÃ CARDOSO DE LIMA
Vinícius da Rocha Fróes
Comissão Científica
EVERTON LUIS FREITAS WANZELER
TRAVESSA SAO FRANCISCO 450 - BATISTA CAMPOS CEP:66023185 BELÉM-PARÁ
TELEFONE:(91)981428377
Corpo Editorial
Comissão Organizadora
EVERTON LUIS FREITAS WANZELER
EMILY SANTOS MARINHO
HENNÃ CARDOSO DE LIMA
GILVANA DE CARVALHO MORAES
FERNANDA ÉRIKA DA SILVA AMARAL
VINICIUS DA ROCHA FROÉS
CLEISE ELLEN FERREIRA PANTOJA
VANESSA KELLY CARDOSO ESTUMANO
SAMARA MACHADO CASTILHO
TAIS DOS PASSOS SAGICA
LUCAS EDUARDO SANTOS,
NATÁLIA DE JESUS SOUZA SILVA,
Comissão Científica
MARGARETH MARIA BRAUN GUIMARÃES IMBIRIBA,
PRISCILA DE NAZARÉ QUARESMA PINHEIRO
ALINE MARIA PEREIRA CRUZ RAMOS
BÁRBARA BRASIL SANTANA
WILLIAM DIAS BORGES
DIANDRA ARAÚJO DA LUZ
ERICA DE TASSIA CARVALHO CARDOSO
Periodicidade
Anual
Idioma
Português – Brasil
Autor Corporativo
EVERTON LUIS FREITAS WANZELER
TRAVESSA SAO FRANCISCO 450 - BATISTA CAMPOS CEP:66023185 BELÉM-PARÁ
EMAIL:evertonwanzeler@hotmail.com
TELEFONE:(91)981428377
https://doity.com.br/anais/sdipa