DETECÇÃO DE ATROFIA ENDOMETRIAL CÍSTICA ASSOCIADA AO USO DE TAMOXIFENO NO TRATAMENTO DE PACIENTES COM CANCER DE MAMA

  • Autor
  • Julia Abreu Figueiredo Barbosa Bernardo
  • Co-autores
  • Letícia Mayer Nunes , Ana Luíza Monteiro Pimentel , Júlia Machado Barros , Laura Lacoque Lopes Pinto Welsing , Ranilda Fernandes dos Santos Pimentel
  • Resumo
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    Introdução e Objetivos: O Citrato de Tamoxifeno é um modulador seletivo dos receptores de estrogênio, que liga-se competitivamente à esses receptores nos tumores e outros tecidos alvos, produzindo um complexo que age na redução da síntese de DNA e, consequentemente, inibe os efeitos do estrogênio. Atualmente, tem eficácia comprovada e é amplamente utilizado no tratamento de câncer de mama. No entanto, o uso do Tamoxifeno, à longo prazo, está relacionado ao aumento da prevalência de lesões uterinas, incluindo pólipos endometriais, leiomiomas, hiperplasia endometrial, carcinoma endometrial, adenomiose e atrofia endometrial cística. Discutir acerca das repercussões uterinas do uso do tamoxifeno, com enfoque na atrofia endometrial cística. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com as buscas na base de dados Pubmed. Foram usados os descritores: “Cystic endometrial atrophy”, “tamoxifen”, “ultrasound”, combinados com o operador booleano “AND”. Discussão: A atrofia cística endometrial caracteriza-se pela presença de múltiplos espaços císticos (glândulas dilatadas) revestidos por epitélio atrófico dentro de um estroma fibroso denso. É um processo benigno, contudo,  a  presença de cistos endometriais pode levar a uma medida falsamente alargada, mas vale ressaltar que não se trata de uma hiperplasia verdadeira, sendo improvável a identificação de mulheres que podem estar em risco aumentado de desenvolverem posteriormente adenocarcinoma endometrial. O principal achado na ultrassonografia transvaginal (USTV) relaciona-se com o complexo endometrial central espessado com alterações císticas ecogênicas, com aparência endometrial em favo de mel. A histerossonografia é utilizada quando o endométrio não pode ser medido com precisão ou quando há um espessamento endometrial central inespecífico na USTV. Eventualmente, as alterações da atrofia cística endometrial são tão extensas que o aparecimento de um endométrio cístico pode ser confundido com difuso ou áreas focais de espessamento endometrial, mesmo em histerossonografia. Conclusão: É indispensável o rastreio de alterações endometriais em pacientes que fazem uso de tamoxifeno, por meio de ultrassonografia transvaginal e, especialmente, a histerossonografia. Entretanto,  por não se tratar de uma hiperplasia verdadeira, a evolução para um adenocarcinoma endometrial torna-se improvável. 

     

  • Palavras-chave
  • Atrofia endometrial cística, Tamoxifeno, Ultrassonografia
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia
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APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL

É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.

A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.

Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.

Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.

Boa leitura!

  • Ultrassonografia Geral
  • Ultrassonografia em Medicina Interna
  • Ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia
  • Ultrassonografia Pediátrica
  • Ultrassonografia Vascular
  • Ultrassonografia Musculoesquelética
  • Point-of-care
  • Ensino em Ultrassonografia
  • Outras áreas de interesse relacionadas à Ultrassonografia diagnóstica, tais como Bioética e Gestão em Saúde.

Comissão Organizadora

CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira

Comissão Científica

Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.

 

Anais do Evento: V JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
https://doity.com.br/anais/vjornadasbus 

Anais do Evento: IV JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
https://doity.com.br/anais/ivjornadasbusal

Anais do Evento: III JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
https://doity.com.br/anais/jornadaultrassonografiasbusal