Introdução: A doença renal policística autossômica dominante (DRPAD) é um distúrbio renal hereditário predominante. Caracteriza-se pelo desenvolvimento gradual de cistos renais, levando à doença renal em estágio terminal após a sexta década de vida. A ultrassonografia é a modalidade de imagem mais comum para diagnosticar a DRPAD, devido à sua ampla disponibilidade, custo relativamente baixo, falta de exposição à radiação e não invasivo. Nas características ultrassonográficas da DRPAD são discutidas a presença de múltiplos cistos nos rins, sua aparência e evolução ao longo do tempo, bem como complicações associadas. Objetivo: Esta revisão explora o papel da US na avaliação da DRPAD, precisão diagnóstica, limitações e avanços recentes, além de fornecer uma visão geral da fisiopatologia e das manifestações clínicas da DRPAD. Também é examinado o potencial da US como uma ferramenta não invasiva para avaliar a progressão da doença e a resposta ao tratamento. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PUBMED, EMBASE e Scopus em março de 2024. Os estudos incluídos foram limitados àqueles publicados no idioma inglês e restritos com base no ano de publicação entre 2020 a 2024. Os estudos foram selecionados e considerados apropriados tiveram seus resumos e textos completos revisados. Resultados: Os critérios diagnósticos através do USG foram com base na USG com DRPAD tipo I e II comparados com a frequência de cistos na população normal. As características ultrassonográficas típicas da DRPAD incluíram a presença de múltiplos cistos nos rins, geralmente iniciando aos 30-40 anos e aumentando em número e tamanho ao longo do tempo. Os cistos comumente aparecem como estruturas redondas, com realce posterior, e apresentando calcificações, hemorragia ou infecção. Em estágios avançados da doença, os rins aumentam de tamanho perdendo a diferenciação corticomedular. Conclusão: A US continua sendo uma ferramenta crucial no tratamento da DRPAD, devido à sua alta precisão diagnóstica e capacidade de monitorar a progressão da doença e a resposta ao tratamento. Esforços de pesquisa contínuos visam aprimorar ainda mais as capacidades diagnósticas e prognósticas, além de desenvolver novos sistemas de imagem que possam oferecer informações adicionais sobre a atividade da doença e a eficácia do tratamento.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.