INTRODUÇÃO E OBJETIVOS A mielomeningocele (MMC) é uma das anomalias congênitas mais comuns identificadas no pré-natal. Causada pelo fechamento incompleto do tubo neural. A formação de uma fenda na coluna vertebral com um defeito correspondente na pele permite que as meninges e a medula espinhal fiquem expostas a insultos químicos e mecânicos no líquido amniótico. Fetos com defeito do tubo neural do tipo aberto possuem maior taxa de mortalidade, maior risco de paralisia de membros inferiores, incontinência intestinal e vesical, hidrocefalia e dificuldades intelectuais ou de aprendizagem. O diagnóstico é possível através da ultrassonografia pré-natal e possui indicação para tratamento intra-uterino. Este trabalho tem como objetivo analisar o uso da ultrassonografia no diagnóstico e manejo da MMC. MÉTODO Revisão integrativa com os descritores: Myelomeningocele AND Surgery AND Diagnostic Ultrasound nas base de dados Sciencedirect e PubMed (via medline), nos últimos 5 anos, disponibilizados gratuitamente. De um total de 56 artigos, 17 foram selecionados pelo título e, após leitura do resumo e textos completos, 12 foram utilizados no presente trabalho. Foram excluídos os trabalhos cujos títulos e resumos foram incompatíveis com o tema. DISCUSSÃO Estudos sugerem idade gestacional entre 19 e 26 semanas para realização do reparo intra-uterino, entretanto, o diagnóstico pré-natal de MMC é comumente realizado durante o segundo trimestre da gravidez. Com a ultrassonografia (US) é possível visualizar os sinais do limão (cavalgamento dos ossos frontais) e da banana (curvatura anterior do cerebelo com obliteração da cisterna magna), considerados marcadores para detecção de disrafismo espinhal aberto, além de realizar avaliações de vitalidade fetal e guiar a punção da amniocentese para posterior rastreio de síndromes genéticas. O reparo pode ser realizado através de laparotomia ou fetoscopia caso não haja associação com síndromes. CONCLUSÃO A detecção precoce do disrafismo espinhal aberto através do rastreio é essencial para a realização da cirurgia intra-uterina. A US possui taxa de detecção de cerca de 90%, seja pela visualização direta do defeito ou pela detecção dos achados intracranianos associados. Diante dos artigos selecionados não houveram diferenças significativas entre a abordagem de exteriorização do útero quanto na abordagem percutânea.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.
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