INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: O ultrassom bidimensional, associado ao uso do Doppler, permite avaliações não invasivas do fluxo sanguíneo placentário, o qual apresenta-se aumentado entre 11-14 semanas de gestação, simultaneamente com aumentos no tamanho fetal e no volume do saco gestacional. O estudo qualitativo e quantitativo do fluxo da artéria uterina, conjuntamente com outros dados, possibilitam no ultrassom morfológico do 1° trimestre detectar precocemente patologias frequentes na gravidez como a pré-eclâmpsia. Assim, pretende-se conhecer os benefícios do doppler das artérias uterinas na ultrassonografia morfológica do primeiro trimestre. MÉTODO: Trata-se de uma revisão de literatura a partir de buscas realizadas no PubMed. Os descritores Ultrasonography, Doppler; Uterine Artery e Pregnancy Trimester, First foram acordados com o operador booleano AND e trouxeram estratégias de buscas para artigos dos últimos cinco anos. A pesquisa, realizada até março de 2024, dispôs como fator de inclusão artigos que correlacionaram o ultrassom morfológico com doppler, as artérias uterinas e o primeiro trimestre. Foram excluídos aqueles que avaliavam outras artérias, com outras técnicas e fora da janela temporal estabelecida. Encontrados 86 artigos, quatro foram explorados na presente análise. DISCUSSÃO: A ultrassonografia com Doppler avalia a circulação fetal e placentária e é útil para prever a qualidade da evolução da gravidez. Este exame pode ser realizado no plano sagital e coronal. Ele avalia o Índice de pulsatilidade (IP) e o Índice de resistência da artéria uterina, sendo os resultados normais inferiores ao percentil 95. O IP da artéria uterina (UtA-IP) permite medir a resistência vascular placentária, que estará aumentada em casos de transformação incompleta das artérias espirais uterinas. O UtA-IP maior que o percentil 95 entre 11–13 semanas poderia prever até 27% de pré-eclâmpsia (PE) e 60% de PE necessitando de parto antes de 32 semanas. CONCLUSÃO: A utilização do Doppler das artérias uterinas na Ultrassonografia do primeiro trimestre é um bom método no diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia, desde que associada com a história clínica, a verificação da pressão arterial média e a utilização de biomarcadores.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.