Introdução: A Orquiepididimite é caracterizada por uma inflamação epididimária e testicular, normalmente secundária a uma infecção pré-existente. Por outro lado, a torção testicular é definida como uma rotação do testículo em torno do seu cordão espermático, o que acarreta na redução do fluxo sanguíneo e, consequentemente, em uma isquemia. Essas duas condições apresentam uma mesma manifestação clínica, que é o escroto agudo, o qual é descrito por uma dor testicular intensa, edema regional e febre, portanto, a ultrassonografia é imprescindível para a realização de um diagnóstico diferencial dessas duas patologias e garantir, assim, o tratamento adequado. Objetivo: Analisar a ultrassonografia como ferramenta para diagnóstico diferencial entre orquiepididimite e torção testicular. Metodologia: Revisão integrativa nas bases de dados Medline (Via PubMed) e Scielo com a estratégia de buscar: “ultrasound AND orchiepididymitis OR testicular torsion”. Utilizou-se como filtros artigos com no mínimo um ano de publicação. Como critérios de inclusão, artigos em todas as línguas e artigos que abordassem sobre o diagnóstico da torção testicular e da orquiepididimitepela USG. Já como critérios de exclusão, artigos que não focalizaram no diagnóstico das patologias. As etapas de seleção consistiram em leitura de títulos, resumos e artigos completos. Resultados/Discussão: Foram encontrados 107 artigos, 19 foram selecionados pelo título, oito pela leitura dos resumos e cinco pela leitura do artigo completo. Através dos cinco artigos, observou-se que apesar dessas duas patologias apresentarem os mesmos sinais clínicos, elas possuem tratamentos completamente diferentes. Enquanto o método terapêutico para a orquiepididimite é realizado com anti-inflamatórios e repouso, a torção testicular requer uma intervenção cirúrgica imediata, o que evidencia a necessidade de um diagnóstico diferencial. Desse modo o exame padrão ouro para esse diagnóstico é a Ultrassonografia com Doppler, a qual em casos de torção testicular evidenciará o “Sinal do redemoinho”, que representa a torção do cordão espermático e uma ausência total ou parcial de fluxo sanguíneo no testículo afetado. Conclusão: A ultrassonografia com Doppler é o exame padrão ouro para o diagnóstico diferencial entre orquiepididimite e torção testicular, uma vez que ela é capaz de expor os sinais diferenciais que não são possíveis de observar no exame físico.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.