Introdução/Objetivos: A depressão craniana congênita (DCC) é uma condição rara, ocorrendo em cerca de 1-2,5 por 10.000 nascidos vivos, seja de origem traumática ou não. A DCC não traumática é atribuída a forças externas que modelam o crânio cartilaginoso do neonato durante a gestação, como miomas uterinos, proeminências ósseas pélvicas ou espinhais maternas, assim como durante o trabalho de parto, como resultado de parto instrumental ou pela ação das mãos do obstetra. A ultrassonografia craniana emerge como uma alternativa não invasiva e prontamente acessível para diagnóstico de fraturas cranianas e traumas cranioencefálicos, oferecendo promissoras capacidades para avaliação de anomalias cranianas, compressão, atrofia ou cicatrizes em estruturas cerebrais, assim como detecção de hemorragias intracranianas, entre outras condições. O trabalho tem o objetivo de discorrer acerca do papel da ultrassonografia craniana como método para avaliação da depressão intracraniana em recém-nascidos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento bibliográfico do período de 2014 a 2024 nas bases de dados PubMed e BVS. Foram utilizados os descritores “Recém-nascidos”, “Ultrassom" e “Crânio", com operador booleano “AND”. Foram encontrados 26 artigos e, após a leitura, por critérios de inclusão ao tema, foram excluídos 23, restando 3 artigos para análise. Dentre os critérios de inclusão, foram colocados artigos em português, inglês e espanhol, dos últimos 10 anos relacionados diretamente ao tema desta revisão. Resultados: O acompanhamento da evolução do quadro é essencial, sobretudo no que refere às alterações na dimensão da lesão e ao desenvolvimento de sinais físicos ou neurológicos na criança. A avaliação por meio do exame de imagem permite determinar com mais precisão as complicações e a identificação precoce de sinais de alerta, o acompanhamento pela ultrassonografia se mostra como um método não invasivo, eficiente, livre de radiação e com bom valor preditivo de diagnóstico. Conclusão: A ultrassonografia transcraniana mostra-se uma promissora ferramenta diagnóstica para a neurologia, já que é uma abordagem conservadora na ausência de sintomas neurológicos, serve tanto para avaliação inicial quanto para acompanhamento rigoroso, buscando identificar qualquer sinal precoce de alteração na progressão normal da condição.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.
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