Introdução e Objetivos: A endometriose é uma patologia responsável por dor pélvica crônica e infertilidade, caracterizada pela existência do tecido glandular endometrial fora da cavidade uterina, podendo infiltrar outros órgãos. O contexto para a investigação diagnóstica da endometriose ainda é difícil, oneroso e dependente do atendimento inicial com a suspeição da patologia. Nesse cenário, os métodos radiológicos são fundamentais para a descoberta da patologia e estratificar o grau de acometimento das lesões. A ultrassonografia (USG) transvaginal com preparo intestinal, nesse caso, é uma possibilidade de tecnologia para auxiliar a percepção de lesões pélvicas, por ser menos oneroso e mais acessível. Este trabalho visa analisar o papel da ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal na endometriose. Método: Revisão bibliográfica utilizando os bancos de dados SciELO e PubMed. Utilizaram-se os descritores “ultrasound transvaginal” AND “endometriosis” aplicando um filtro de 5 anos, restritos ao idioma inglês. Discussão: A ultrassonografia é utilizada como método de primeira linha para analisar pacientes com dor pélvica e sintomas insinuantes de endometriose. Para sensibilizar este exame, observou-se que a preparação intestinal antes da ultrassonografia eleva a precisão do diagnóstico para nódulos retossigmoides em relação à USG comum. A preparação intestinal consiste em uma dieta de 3 dias com baixo teor de resíduos, dois enemas retais de difosfato de sódio e um período de jejum de 6 horas. Dessa forma, essa preparação precedente ao exame transvaginal demonstrou não somente sensibilizar a identificação de nódulos endometrióticos do compartimento posterior e da parede retossigmoide anterior, abrangendo nódulos pequenos e superficiais, como também revelou ser bem aceito pelas pacientes. Esse preparo intestinal também possibilitou a análise mais específica e detalhada dos nódulos, como a mensuração do tamanho, profundidade da infiltração e percentual da circunferência do intestino afetado. Assim, auxiliando os ginecologistas na propedêutica adequada e no acompanhamento detalhado e individualizado. Conclusão: Conclui-se que a preparação intestinal prévia aumenta a sensibilidade da USG transvaginal no mapeamento da endometriose tanto na mensuração como na identificação dos nódulos endometriais, principalmente no segmento reto-sigmoide.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.
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