Introdução/Objetivos: A síndrome do túnel do carpo (STC) foi relatada pela primeira vez em 1854, como uma neuropatia de aprisionamento pós-traumático na articulação do punho, a qual é causada pela compressão do nervo mediano quando o nervo passa através de um canal osteofibroso estreito, junto com os tendões flexores dos dedos. Usando imagens ultrassonográficas transversais, o nervo mediano é observado como uma estrutura em favo de mel cercada pelo epineuro hiperecóico. Alterações morfológicas do nervo mediano são esperadas na STC, pois a compressão das estruturas não rígidas circundantes altera sua forma. O trabalho tem o objetivo de discorrer acerca do papel da ultrassonografia (USG) no acompanhamento de pacientes diagnosticados com STC. Métodos: Trata -se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento bibliográfico do período de 2019 a 2024 nas bases de dados Scielo, PubMed e LILACS.Foram utilizados os descritores Ultrassom, Síndrome do Túnel Carpal, Diagnóstico por Imagem. Resultados: A utilização do ultrassom como método de diagnóstico e de acompanhamento da STC traz vantagens para o médico e para o paciente, uma vez que é uma ferramenta não invasiva e rápida, assim como permite uma avaliação dinâmica de partes moles. Alguns parâmetros ultrassonográficos podem ser utilizados para a avaliação da neuropatia, como o espessamento do nervo mediano e do retináculo dos músculos flexores da mão, edema adjacente aos tendões flexores da mão. As alterações mais presentes na STC foram a compressão da porção distal do nervo mediano e o inchaço pré-estenótico na porção proximal do túnel do carpo.De acordo com estudos recentes o valor de 8mm-9mm de diâmetro para o nervo mediano na sua porção distal revela um valor preditivo positivo para a doença,entre 10mm-12mm grau moderado e maior que 13mm grau severo.Conclusão:Dessa forma podemos concluir que o aumento da área transversal do nervo está muito relacionado com a gravidade e diagnóstico da síndrome.Haja vista o baixo custo e a alta sensibilidade e especificidade a ultrassonografia estabelece um ótimo padrão de estudo.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.