Introdução: A translucência nucal (TN) se trata de uma coleção subcutânea transitória de líquido na região posterior do pescoço fetal, sendo observada na ultrassonografia morfológica entre 11 e 14 semanas de gestação. Dessa forma o aumento da espessura da TN não é, apenas, um marcador de anomalias cromossômicas, mas também, um sinal inespecífico de um distúrbio no desenvolvimento inicial normal e pode, de fato, constituir o método mais eficaz de triagem para grandes anomalias cardíacas. Entre a 11ª semana gestacional e a 14ª, a medição da translucência nucal e a avaliação do fluxo através da válvula tricúspide e do canal venoso podem levar ao diagnóstico precoce de um defeito cardíaco grave. Objetivos: Examinar a associação entre defeitos cardíacos fetais e aumento da espessura da translucência nucal, associada com a regurgitação tricúspide e fluxo anormal no ducto venoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com as buscas na base de dados Pubmed, através dos descritores: “nuchal translucency”, “congenital heart disease”, “morphological ultrasound”, combinados com o operador booleano “AND”. Foram obtidos 11 artigos, e selecionados 7 para o estudo. Discussão: O edema nucal, equivalente morfológico do aumento da TN, resulta do desenvolvimento linfático anormal e está fortemente relacionado a defeitos cardíacos, sobretudo doença coronariana, atresia tricúspide ou pulmonar, displasia polivalvar, defeitos do septo atrioventricular, tetralogia de Fallot e transposição das grandes artérias. As vias genéticas subjacentes são, no entanto, desconhecidas. Um aumento da TN (> 2,5mm) é um importante critério para identificação de fetos elegíveis para ecocardiografia especializada e perfil de fluxo Doppler. Na dopplervelocimetria do canal venoso é possível identificar, na onda A, fluxo ausente ou revertido, na maioria dos casos. Além disso, o achado de regurgitação tricúspide é um importante indicador de doença cardíaca maior. Conclusão: A relação entre o aumento da espessura da TN, associada a regurgitação tricúspide e o fluxo anormal do ducto venoso, emergem como indicadores cruciais para a identificação precoce de anomalias cardíacas fetais. A detecção antecipada dessas condições pode facilitar intervenções oportunas e melhorar os resultados clínicos, destacando a importância da vigilância atenta durante a ultrassonografia morfológica pré-natal.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.
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