OBJETIVOS: avaliar as alterações ecográficas compatíveis com esteatose hepática CASUÍSTICA E MÉTODOS: estudo retrospectivo, descritivo com abordagem analítica quantitativa. Os dados foram coletados em um serviço prestador do Sistema Único de Saúde de Paulo Afonso-BA, no período de agosto de 2023 a janeiro de 2024. O aparelho utilizado foi o modelo Z5 (Mindray). O exame foi realizado com transdutor convexo, dinâmico de frequência de 3 MHz. Todos os exames foram realizados pelo mesmo médico. Os pacientes fizeram preparo adequado, ou seja, jejum de no mínimo seis horas e uso de antiflatulento. Na ultrassonografia (US) foram obtidas variáveis do fígado em relação ao exame, tais como: dimensões, borda, ecotextura do parênquima e classificação da esteatose hepática. A textura do parênquima foi observada se homogênea ou heterogênea e a esteatose hepática foi classificada em graus; grau 1 – esteatose leve, com visualização de ecos finos do parênquima hepático, visualização normal do diafragma e de vasos intra-hepáticos; grau 2 – esteatose moderada, com aumento difuso dos ecos finos, visualização prejudicada dos vasos intra-hepáticos e diafragma; grau 3 – esteatose acentuada, com aumento importante dos ecos finos, com visualização prejudicada ou ausente dos vasos intra-hepáticos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram avaliados 200 indivíduos, sendo 124 mulheres e 76 homens. Desse total, 48 (24%) foram diagnosticados com esteatose hepática, 36 (75%) deles do sexo masculino e 12 (25%) do sexo feminino. Em relação aos graus, 25 tinham grau 1 (52%), 14 apresentavam grau 2 (29,1%) e 9 eram grau 3 (18,7%).A media de idade dos portadores de esteatose hepática foi 47 anos. CONCLUSÃO: A US é um importante método não invasivo para avaliação hepática, especialmente para detectar esteatose, uma vez que as aminotransferases não são um bom parâmetro para detecção da Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Os exames de imagem não são capazes de diferenciar esteatose hepática de esteato-hepatite, sendo a biópsia hepática o único exame capaz de diferenciar os vários espectros da DHGNA.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.