As malformações fetais acontecem em pelo menos 1% da população de nascidos vivos do Brasil, estando como a principal causa de morte infantil nas primeiras 4 semanas de vida. A maioria dos diagnósticos podem ser feitos durante o pré-natal, através da ultrassonografia, sendo um instrumento capaz de detectar diversas formas de anomalias fetais. Porém, mesmo tendo este exame como um grande aliado, o ministério da saúde o coloca em posição dispensável, no pré-natal de risco habitual, sendo solicitado apenas no primeiro trimestre da gestação.
INTRODUÇÃO
A gestação é um momento extremamente importante, envolvendo não apenas aspectos emocionais, mas também profissionais. O acompanhamento pré-natal é iniciado logo após a confirmação da gravidez por meio do teste de beta HCG, realizado de forma rotineira nas unidades de saúde da família. Durante esse processo, a gestante é avaliada para determinar se a gravidez é de alto ou baixo risco, o que influenciará diretamente nos exames complementares que serão solicitados.
DESENVOLVIMENTO
A ultrassonografia continua sendo o grande instrumento diagnóstico das anomalias fetais, capaz de predizer alterações importantes, como as aneuploidias, especialmente a trissomia do 21, através dos seus achados e da translucência nucal. Além disso, identifica problemas como a anencefalia e a hidrocefalia, deformações da coluna vertebral, obstruções do trato urinário, cistos renais, obstruções intestinais, anomalias na parede abdominal e hérnia diafragmática, lábio leporino ou fenda palatina. Ainda, detecta, através do doppler obstétrico, deficiências crônicas e agudas na nutrição do concepto.
Apesar da importância deste exame, a caderneta de atenção básica do ministério da saúde reduz o seu papel nas gestações de baixo risco, tornando-o dispensável, na justificativa de que faltam evidências dos seus benefícios nos desfechos perinatais.
CONCLUSÃO
Nesse contexto, o exame de imagem possibilita um planejamento por fornecer diagnósticos seguros ainda durante o pré-natal, auxiliando a família no que se refere à aceitação e solução dos problemas, e ao preparo do profissional que presta a assistência. Por isso, a realização do exame de imagem deve ser oferecida de forma ampla e não burocrática não só, mas também durante todo o pré-natal.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.