USO DE ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER NA DETECÇÃO DE VARIZES ESOFÁGICAS E GÁSTRICAS PELA HIPERTENSÃO PORTAL

USO DE ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER NA DETECÇÃO DE VARIZES ESOFÁGICAS E GÁSTRICAS PELA HIPERTENSÃO PORTAL

• Autor
• João Victor Rosendo Campos
• Co-autores
• Felice Caxico de Abreu Galdino , Giselle Fernanda Tenório Medeiros Oliveira
• Resumo

• Introdução: Hipertensão portal caracteriza-se pela elevação da pressão da veia porta hepática. Nessa condição podem existir varizes gastroesofágicas, podendo apresentar complicações como ruptura e sangramento, causando alta mortalidade. Apesar de a gastroscopia ser o padrão ouro para detecção das condições varicosas, o ultrassom Doppler é um método alternativo, que fornece informações acerca do fluxo sanguíneo por meio da integração de cores. Objetivo: Esse trabalho busca analisar a eficácia do ultrassom Doppler na identificação de varizes gastroesofágicas pela hipertensão portal. Método: Trata-se de uma revisão qualitativa na literatura, na qual utilizou-se buscas na plataforma PubMed, entre 2019 e 2024, com a combinação dos descritores “Esophageal and Gastric Varices”, “Ultrasonography, Doppler”, “Hypertension, Portal”, dos quais 5 artigos foram escolhidos Discussão e Apresentação das imagens: Encontrou-se fluxo hepatofugal (FHF) de 72 a 90% dos pacientes com hipertensão portal, viu-se FHF na veia gástrica esquerda (VGE) em 75.4% dos pacientes com varizes esofágicas. Estudo similar mostrou que 77% de pacientes com varizes esofágicas apresentavam FHF, 4,5% com fluxo bidirecional e 4,5% com fluxo hepatopetal.  Identificou-se aumento da prevalência de FHF e de velocidade de fluxo à medida que se aumenta o tamanho de varizes, obtendo sensibilidade de 83% e de 100% para o diagnóstico de qualquer variz esofágica e de varizes esofágicas grandes, respectivamente.  Em estudo com 200 pacientes usou-se índice esplenoportal como preditor de varizes esofágicas, demonstrou-se que os achados ultrassonográficos indicaram presença de varizes esofágicas em 121 dos pacientes,  no qual a endoscopia confirmou varizes em 127 dos pacientes. Assim, dentro os pacientes que a ultrassonografia com Doppler indicou varizes esofágicas, 113 desses tinham varizes e 8  não tinham na endoscopia. Nos 79 pacientes que a ultrassonografia não indicou varizes, 14 apresentaram varizes na endoscopia, porém 65 desses não apresentaram em nenhum dos dois exames. Conclusões: O diagnóstico de varizes gastroesofágicas na ultrassonografia com Doppler demonstrou altas taxas de sucesso na sua identificação, por avaliação de VGE e índice esplenoportal. Assim, mostra-se como uma alternativa não invasiva, com menor risco de infecções, acessível e dinâmica por permitir avaliar outras estruturas acometidas, como fígado e veia portal, quando comparada ao exame de gastroendoscopia.

• Palavras-chave
• Varizes Esofágicas e Gástricas, Hipertensão Portal, Ultrassonografia Doppler
• Modalidade
• Comunicação oral
• Área Temática
• Ultrassonografia Geral

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