RESUMO:
OBJETIVO: Relatar uma alteração pouco disseminada entre os médicos, podendo ser confundida com sequelas secundárias à trombose venosa, visualizadas na ultrassonografia. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente, sexo feminino, 61 anos, hipertensa, dislipidêmica, chega ao consultório de cirurgia vascular relatando varizes, câimbras e cansaço nas pernas. Ao exame físico, apresentava varizes reticulares e telangiectasias em MMII. A ultrassonografia com Doppler revelou espessamentos segmentares da camada íntima da veia safena parva, caracterizados pelo aumento da ecogenicidade e alguns focos de calcificação. Não apresentava refluxo ao Doppler, demonstrando assim que as válvulas não foram acometidas, correspondendo aos achados de fleboesclerose. A conduta foi direcionada apenas para as varizes através da escleroterapia com glicose hipertônica e programado acompanhamento ultrassonográfico anual do achado descrito acima. DIAGNÓSTICO E DISCUSSÃO: A fleboesclerose se trata de uma degeneração fibrosa da parede venosa, acometendo majoritariamente a camada íntima, com ou sem calcificações. Fatores como a idade avançada e a doença venosa crônica desempenham papel importante no seu desenvolvimento. Ocorre principalmente nas extremidades dos membros inferiores, especialmente na veia safena parva. A ultrassonografia vascular é o método preferencial para avaliar essas alterações, podendo ser um achado adicional em exames de rotina. A principal característica ultrassonográfica é o espessamento da íntima, sendo identificado pelo aumento da ecogenicidade parietal, reduzindo a complacência venosa. Vale ressaltar que geralmente as válvulas não estão envolvidas, situação evidenciada pela ausência de refluxo. A neoangiogênese na parede da veia também normalmente está ausente e isso pode ser útil na discriminação de outras causas de cicatrização vascular, como trauma e vasculite. CONCLUSÃO: A fleboesclerose é uma condição pouco documentada e muito confundida com sequelas secundárias à trombose venosa, sendo necessária a disseminação desse conhecimento para a criação de protocolos de acompanhamento e principalmente para que seja evitado tratamentos desnecessários como por exemplo, uso de anticoagulantes. A caracterização através da ultrassonografia vascular é fundamental para o manejo adequado, destacando a importância deste método para a avaliação desses achados.
APRESENTAÇÃO DOS ANAIS DA VI JORNADA ALAGOANA DE ULTRASSONOGRAFIA E MEDICINA FETAL
É com grande satisfação que apresentamos os Anais da VI Jornada Alagoana de Ultrassonografia e Medicina Fetal, um evento que se consolidou como um dos principais encontros acadêmicos e científicos na área da ultrassonografia no estado de Alagoas.
A Jornada tem como objetivo promover a disseminação do conhecimento, o intercâmbio de experiências e a atualização científica de profissionais e estudantes da área da saúde, com ênfase na ultrassonografia e na medicina fetal. O evento reuniu especialistas renomados, pesquisadores, professores e profissionais da medicina, proporcionando debates e apresentações de estudos e inovações tecnológicas na área.
Os Anais desta edição reúnem os trabalhos científicos apresentados durante o evento, abordando temáticas diversas, como avanços no diagnóstico por imagem, estudos de casos clínicos, aplicação de novas tecnologias e discussões sobre condutas e diretrizes na medicina fetal. Esses registros são fundamentais para a consolidação e divulgação do conhecimento produzido, fortalecendo a ciência e a prática profissional na área.
Agradecemos a participação de todos os autores, palestrantes, organizadores e patrocinadores que contribuíram para a realização deste evento. Esperamos que os conteúdos aqui apresentados sirvam de inspiração e referência para estudos futuros, estimulando o avanço contínuo da ultrassonografia e da medicina fetal no Brasil e no mundo.
Boa leitura!
Comissão Organizadora
CM Diagnóstica
Victor Lemos
Ana Paula Silva
Adilson Cunha Ferreira
Dr. Gustavo Cantarelli
Adilson Cunha Ferreira
Comissão Científica
Adilson Cunha Ferreira MD. PhD.
Antonio Carlos Moraes MD. EsP.
Marcos Cintra MD. EsP.