Introdução: A ultrassonografia morfológica realizada no segundo trimestre por profissional
capacitado, se apresenta como método acessível e de escolha no rastreio de afecções
congênitas. No decorrer dos anos, os avanços na área de cirurgia fetal e a cirurgia pediátrica
no recém-nascido tem reduzido as taxas de mortalidade neonatal. Assim, o estudo
ultrassonográfico possibilita a avaliação da necessidade de intervenção cirúrgica no período
intra-útero ou pós-parto precoce. Causuísticas e Métodos: O presente trabalho baseou-se em
uma revisão bibliográfica através das bases de dados LILACS e SCIELO. Resultados: A
probabilidade da ocorrência de uma anomalia cromossômica ou estrutural varia entre 0,5 e
2% do total das gestações, sendo importante o reconhecimento das patologias passíveis de
correção cirúrgica no intuito de preservar a vitalidade do feto e/ou recém-nascido, além de
reduzir a mobimortalidade relacionada às complicações. A exemplo de patologias que
necessitam de intervenção imediata ou intrauterina temos a Síndrome da Hipoplasia do
Ventrículo Esquerdo com forame oval restritivo, Obstruções Duodenais, Hérnia
Diafragmática Congênita, Hidrocefalia, Mielomeningocele, entre outras. Ademais é
necessário planejamento prévio, dado pelo diagnóstico precoce, visto que o centro de
referência para o parto e a realização das intervenções deve ter aparato estrutural, profissional
e tecnológico adequado devido o grau de complexidade dos procedimentos cirúrgicos e a
necessidade de internação em UTI neonatal. Conclusão: A detecção precoce de
malformações congênitas evita desconhecimento de afecções na sala de parto, proporcionando
uma melhor compreensão dos pais sobre o quadro do paciente, planejamento terapêutico e
condições seguras para o momento do parto.
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Ana Paula Silva
Comissão Científica